RIO I
E eu estava morto,
Com a morte, com que todos, morreram,
Logo que nasceram...
Eis que todo o pó da terra, não passa de um aborto.
Mas eis, que já há dois tempos,
Veio um rio, que vida deu ao pó,
Que tinha morrido, em antigos momentos.
E agora, se beber do rio, não fica mais só...
Esse rio, regou e lavou meu pó,
Que à vida, voltou e não ficou mais só.
P´elo poder do rio...
O meu ser sorriu.
Mas ele me disse:
Cuidado tem...
Pensa nisso!
Eis que uma mulher, adúltera, sobre ti, já vem.
Mas sabei a verdade, sobre a mulher.
Ela é um símbolo, somente,
De algo, qu´existe realmente,
Que afinal, optei por escolher!
HELDER DUARTE