COTIDIANO
Sexta feira passada, a última do mês. fui ao Centro de Belo Horizonte buscar uns trocados em uma atividade informal.
Entrei no ônibus e pouco depois embarca um desses vendedores de carteiras com uma caneta, comuns por ali e que misturam assuntos de Deus e mais, poderiam estar fazendo alguma coisa errada contudo não, estão ali, ganhando o pão de cada dia. Pedem a alguém que pague a passagem e surge uma moça, passa o cartão de passe.
Não queria ficar com a carteira dele porque já tinha uma sem uso em casa comprado a outro do mesmo intento e ainda assim deixou comigo a carteira. Quando passou por todos se esqueceu de mim e desceu do ônibus e fiquei com sua carteira sem saber o que fazer e nada intencionado a burlar a vontade de devolver ou mesmo pagar de novo se fosse o caso.
O carro seguiu viagem e já no centro me lembrei da moça que ainda não havia desembarcado e sem delongas dei a ela a carteira com a caneta, embora relutasse para aceitar eu lhe dissera que foi a única no ônibus a ter despesa. Resolvido o problema eu me senti melhor.