Temos que seguir não é mesmo?

Quando estamos aprofundados em uma relação deficiente respiramos pouco, sorrimos pouco, fantasiamos pouco.

E ai o tempo passa e os dois ainda submersos em uma lama movediça que engole os dois e contudo as mão não se tocam.

Quantas pessoas estão sozinhas dentro de uma bolha, uma solidão a dois, onde um é cego e o outro sofre.

E assim estava eu. Agora posso dizer que estou sozinha, mas não me sinto incompleta ou vazia, acho que observo tudo sem sentir, apenas faço uma breve retrospectiva do quanto fui conivente em sempre relevar as palavras cheias de dardos envenenados.

Estou anestesiada e ainda não consigo sentir o gosto da liberdade, pois a minha mente ainda está acorrentada.

Quer saber o que penso de tudo isso? Penso que foi necessário sair e sentir que estar sozinha é algo libertador, pois solidão a dois é um ato de covardia e é melhor caminhar do que ficar agrilhoada a alguém que nunca esteve ao seu lado.