Como está a imagem de nossas crianças?

Sem qualquer dúvida, educar uma criança é uma das melhores experiências de responsabilidade que um ser humano pode ter.

Porém em uma experiência breve que tive nessa quinta, (28/9), fiquei realmente assustado e pensativo.

Lembrei de meu tempo de escola, quando íamos com alguns colegas de ônibus e nos encontrávamos em maior aglomeração já próximo da mesma.

Na entrada, era aquela farra...

Ainda em horário integral, a sala de aula sempre era aquela zoeira.

Desde a antiga primeira série, me acostumei a ouvir:

"Vocês são a pior turma da escola! Por isso que quando oferecem passeios, chances de apresentações, recusamos. Como sair com uma turma dessas"?

Crianças de dez anos que constrangiam em âmbito de mentes mais sórdidas do que um adulto.

Por mais que houvessem conflitos e o vocabulário não fosse lá essas coisas, juro. Não era da forma que é hoje...

Tínhamos os proibidões, a pornografia, as brigas, as discussões. Mas, o vocabulário dito sujo, não era contínuo.

Durante duas semanas, em aproximadamente 20 minutos por viagem, pude registrar cerca de 10 a 20 palavrões por minuto, a cada criança.

O mais sinistro é: o garoto, que sempre, mas sempre que encontro, está formulando com outro coleguinha, seja para ofender, fazer observações exteriores ou simplesmente falar por falar, uma frase formada unicamente por palavrões.

Esse, se bem instruído, possui características natas de um líder.

Influenciador, determinado...

Ele, que comanda o bullying coletivo, que raramente sofre ofensas.

Dados?

Crianças essas, de 6 a 12 anos, acredito.

Em meio a algazarra que de tal forma é natural de crianças, lembro claramente de breves cenas de minha infância. Momento em que os professores saíam da sala, por exemplo.

Quem nunca?

E lá fora?

Quem controla?

Hoje, consigo observar:

Diferenças dentre timbres de voz, modos de falar de cada um, que dá para imaginar um familiar mais próximo.

De um outro garoto, pude analisar vários palavrões ditos de modo até que bem explicado. Esses, que são proferidos em sua maioria por idosos.

E aí.

De quem é a culpa?

Da tecnologia?

que torna o mundo sem distinções, um livro aberto?

Ou, parte dessa culpa se atribui ao que ouvem em casa.

"Eles ouvem na rua mesmo"!

"Mas a minha família diz"!

Você pode amenizar essa triste realidade com simples atos, dentro de sua casa.

Uma vez que alguém o cobre frequentemente, ele ou ela, irá pensar duas vezes antes de utilizar tais palavras.

Afinal, com tanta familiaridade, tal vocabulário se torna normal.

Não acredito que um garoto que dialoga durante todo o seu dia de tal maneira, tendo em seu discurso 90% de palavras ditas de baixo calão, consiga se manter íntegro ao conversar em casa. Não demora muito, ele libera!

Se você não conseguir controlar agora, considere o jogo perdido.

De uns 12 anos em diante, ele vai saber um pouco mais sobre, como, onde e quando usar. Ou, não.

Se não, tornamos crescente essa grande massa popular que diz, não percebe e ainda se indigna: "mas eu nem sabia que era palavrão"!

Muitos podem considerar esse mundo perdido. Mas, tentem parar para observar um grande grupo de crianças em tal estado em um dia qualquer. Podes ter certeza que, essa imagem não é nada bonita!

Linguagem da rua, Periferia, Realidade em que se vive... Se fosse mesmo isso, muitos não haviam saído da lama, voltando ou não, para resgatar também, pessoas consideradas a margem da margem, que corriam o risco de se perder.

Não é somente nas classes inferiores. Uma vez que a convivência se torna contínua, todos, de ambas as classes, estão propícios a tal.

Sejamos firmes, para um mundo com diálogos mais agradáveis a nossos ouvidos. E, melhores experiências referentes a abertura de portas de oportunidades para nossos pequenos!