A visita de Penina
Penina, menina que se mantém tão misteriosa quanto o proprietário do triplex lular, não deixa, inobstante, de manter a cortesia duma visita. Sem regularidade, ou prévio anúncio, para que a gente possa recebe-la ao menos com um cafezinho e uns biscuitim mas que, apesar das caçoadas, são sempre bem-vindas e reclamam o reconhecimento, de público - que ora publico.
Na sua mais recente passagem, traz Penina a notícia condoída e compartida de enfermidade do confrade Facuri, que se encontra hospitalizado. Facuri, caro a tanta gente, e um barato maior ainda, dispensa apresentação ou comentários. Qual a Recantista ou o Recantista que não se viu objeto de suas animadas a aliciantes interações, sempre movidas por um espírito superior, que teima em ser nosso igual?
Em sua homenagem, criei uma série de trovas a que denominei Harém do Facuri. De tão convidativo esse refrigério, consta que até Frei Dimão lá foi derramar suas bênçãos. E algo mais. Os frades são por natureza e doutrina solitários, mas via-de-regra, solidários - quando não salafrários...
Obrigado, Penina, por nos trazer notícias do Vate-Sultão. Meu ardente desejo, e aqui tão bem acompanhado me vejo, é que ele se recupere pronta e totalmente, e logo retorne para adoçar e alegrar nosso convívio.
Dimão, que me zapeia agora, só pede para lembrar que continuará ministrando suas graças e bênçãos desde que a cópia de chave que Facuri lhe enviou seja autêntica.