NA ESTRADINHA
Para onde vai a estradinha que ficou ali parada. Ficou no tempo ou quem sabe ninguém mais quis passar ali.
Então, a estrada do tempo é semelhante a uma estrada onde se trafega muito. São veículos, são animais e quem sabe algum ser humano que ali faz sua caminhada rumo a um objetivo, mas também rumo ao nada.
Caminhar na forma do direito é sem dúvida estar atento às novas conquistas que se tem, pois a estrada real é a liberdade de ideais, é a liberdade para pensar o que é errado e o que é certo. A liberdade de expressão é a poeira de uma estrada, porque está ali a todo momento. Pensar o que se pode pensar e até mesmo pensar o que não se pode pensar. Assim, recordando o que a estrada ou a estradinha da vida tem a dizer é permanecer nela ali, tão tranquila, tão inocente, mas cheia de surpresas que a liberdade prepara a cada um, mesmo sendo os mais doutos profissionais aos mais simples, pois viver o que se pensa e o que se conquista é a melhor forma de expressão.
Na estradinha poeirenta, onde a paisagem está seca, o verde ainda não chegou, porque aguarda o sinal de partida e pede que a chuva venha o mais rápido possível, é comum viver as alegrias, viver as ideias pensadas e escritas, sejam no consciente ou no papel, mas são ideias, são frutos de uma imaginação perfeita e até mesmo imperfeita, que brota o ego de cada um.
Andar na estradinha é andar no caráter e na alegria de saber que a cada passo uma nova conquista virá. É dizer que a vitória está dentro de cada um e a cada momento o vento poderá soprar um pequeno grãozinho de poeira no olho, mas também poderá concluir o ideal buscado.
Acadêmico José Carlos de Bom Sucesso – Cadeira IX – Academia Lavrense de Letras - 24/09/2017