CAMINHANDO...
Sem lenço ou documentos, como fiz a letra de uma música de Caetano Veloso, todos caminhamos inexoravelmente ao encontro da morte Se será fácil ou difícil, se será rápido ou demorado esse encontro só DEUS poderá dizer e não a polícia ou a justiça!
Na esteira da academia R-3,do Mundi, local que passei a frequentar na companhia da esposa Yara, depois da compra de novos equipamentos pelo síndico Carlo Crisci, caminhava como se estivesse indo ao encontro da morte. Completei em uma hora 4,5,km, mas não consegui vê-la. A morte devia estar se escondendo fé mim! O certo é que revi toda minha vida
Sai da pobreza, frequentei projetos sociais, estudei muito, entrei e cursei dos cursos superiores, fiz carreira nos dois e subi de posição social. Outros da minha geração também o fizeram via educação. Estudaram em colégios sem condicionadores de ar, sem doação de fardamento/, comprando o bolso que estampava na camisa com orgulho porque tinha a certeza e ainda não mudei de opinião; só o estudo, o sacrifício e a perseverança muda a posição social de alguém como muitos de minha geração de 60 também o fizeram. A educação, cultura e o conhecimento vão para o túmulo junto com a pessoa, caso não condições de preparar novas gerações. Nada se leva dessa vida, além da vida que se leva, como escreveu um poeta em letra de música gravada por Zeca Pagodinho.
Aposentado por invalidez desde 2009, enfrento dificuldades financeiras como qualquer brasileiro aposentado ou desempregado também enfrenta. Desci para na classe social e hoje, no Brasil a situação do aposentado está pior do que a dos 13 milhões de desempregados que sobrevivem na miséria extrema ou quase isso.
Mas, vou sobrevivendo infectado por duas bactérias hospitalares incuráveis e não vivendo como gostaria. Um empiema cerebral encurtou meus planos de vida, em 2006 como professor universitário, em sala de aula. Investi em imóveis para garantir meu padrão de vida, mas o mercado imobiliário também está em crise e vivo como todos os brasileiros vivem: fazendo empréstimos para pagar empréstimos feitos anteriormente! O mais importante é que não a encontrei.
Continuo vivo e ativo, apesar de um pouco debilitado e digitando tudo com o polegar direito, porque os dedos da mão direita perderam a agilidade devido consequência de 11 cirurgias a que fui submetido no cérebro desde 2006.