GERAÇÃO TECNOLÓGICA.

Quando eu era criança, por volta dos meus dez anos de idade, morando no inerior de Minas Gerais, em uma bonita fazenda, por diversas vezes mencionadas em minhas crônicas. Lá na tão conhecida fazenda da Lindoya, sempre recorrente em meus textos, tanto que, alguns leitores já a conhece muito bem. Ali eu vivi tempos maravilhosos, aquele pequeno pedaço de terra era o meu paraíso, quardo na memória maravilhosas lembranças. Aquele era um tempo de pura inocência, de simplicidade, tempo de liberdade, tempo de correr livremente, sem medo, sem receios de assaltos ou qualquer coisa dessa natureza. Lembro-me das pescarias, de nadar nos rios, subir em pés de frutas. Enfim, observando hoje tudo o que eu vivi na fazenda lindoya, posso afirmar com toda a certeza… Eu era feliz e não sabia.

Hoje, quando olho para essa nova geração tecnológica, com tantos celulares a disposição, computadores potentes, tablets, jogos eletrônicos, tudo isso junto é um terrível convite ao comodismo. São os incentivadores da preguiça, que uma vez crônica e acentuada, transforma crianças saudáveis em adolecentes obesos morbidos. É notório que a cada dia, cresce assombrosamente o número de crianças acima do peso ideal para a idade, crianças que não caminham, não correm, não praticam nenhum esporte, não brincam mais.

Quando criança, uma das minhas brincadeiras preferidas, acreditem, era atirar pedras em caixas de moribundos, pode… Eu e meus colegas procurávamos caixas de marimbondos para poder derruba-las a pedrada, pensem… Aquele sim era um exercício formidável para as pernas, ou você corria, ou era mordido por marimbondos, mas sempre tinha aqueles que não aquentavam correr, e acabavam mordidos pelos marimbondos. Nossa diversão estava diretamente ligada as brincadeiras de correr, pegar, pular, e tantas mais que hoje cairam no esquecimento, é uma pena que essas brincadeiras cairam foram esquecidas.

Outras vezes, corriamos de bois e vacas, quando por pura provocação invadiamos o seu território. A nossa alimentação também ajudava muito, por pura e livre pressão dos pais, comíamos de tudo, verduras, legumes e frutas; refrigerantes! Nem pensar; lanches! Nem sabíamos o que era, muito diferente dessa geração que tem dificuldade de tomar um simples suco.

Sinceramente, eu não sei onde vai parar essa geração, com tanta novidade tecnológica facilitando tudo, levando-nos a um comodismo perigoso, chegara um tempo, e ele não está longe, em que não precisaremos mais sair de casa para nada, quando esse dia chegar, certamente que será o nosso fim. Bons tempos os da fazenda, pena que não voltam mais.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 15/09/2017
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