Vamos Nos Organizar
A maioria dos homens adora sacanagem, isso mesmo, sacanagem. Nem futebol, nem política, nem religião, nem coisa alguma – embora haja sacanagem nisso tudo – apenas sacanagem sexual; é isso que os homens mais procuram e, na maioria das vezes, fazem a tônica do seu dia. Talvez, por esta razão, haja tantos relacionamentos minguando. Por falta de sacanagem? Não! Por sentimentos discrepantes na mesma relação afetiva.
O seu machista, só homens que gostam de sacanagem? Obviamente que não (comecei com os homens propositalmente, pura provocação com as mulheres!). Assim como grande parte dos homens adora sacanagem, há mulheres que também são apaixonadas por sacanagem (as que alcançam os orgasmos múltiplos – meu Deus, que inveja! –), como também há homens que veneram mais jornais do que sacanagem e mulheres que preferem novela.
Feita esta pontuação sobre os grupos “pró sacanagem” e “pró distração”, destaca-se a resolução irrefutável para a diminuição das terapias de casais (psicólogos, perdoem-me!), o fim das indiretas afetivas nas redes sociais, a diminuição das masturbações às escondidas nos quartos e banheiros, e, principalmente, o desejo intangível por outra vida com mais sacanagem e menos novela, ou mais novela e menos sacanagem.
Obviamente que a reflexão que faço nestas linhas (com pretensão cômica, porém sincera) é que os que gostam de sacanagem procurem os que também gostam de sacanagem (homem e mulher, mulher e mulher, homem e homem; o número de pessoas, as combinações, os lugares, nada disso importa na autêntica sacanagem), e os que gostam de novela – e outros deletérios – que se relacionem com pessoas deste mesmo “lado”.
Deste modo, as pessoas que gostam de sacanagem passarão mais tempo se lambendo do que se lamentando, e as pessoas que gostam de novela... bom, essas continuarão se lamentando, pois pessoas que não se lambem e que não são lambidas são mais amargas e infelizes.