DELAÇÕES E CONSTATAÇÕES

DELAÇÕES E CONSTATAÇÕES

A delação da JBS provocou uma verdadeira “carnificina” às instituições brasileiras, assim como, a delação da Odebrecht, “desconstruiu” a alardeada e hipócrita afirmação de que nossas instituições funcionam normalmente, cumprindo suas funções. Ora, nada mais infame do que essas verdades mentirosas. Como funcionam normalmente? Se as coisas tomaram tais proporções de bandidagem, é porque as instituições executivas, legislativas, judiciárias, procuradorias, tribunais de contas e agências reguladoras, jamais cumpriram o papel a que se destinam. Como explicar:

. Que a justiça cara e perdulária leve “séculos” para julgar processos e incriminar infratores, salvo aqueles menos economicamente ativos.

. Que tribunais de contas sejam formados por ex-políticos nomeados por interesses inconfessáveis.

. Que agências reguladoras sejam comandadas, por pessoas oriundas de empresas com interesses nos negócios que devem fiscalizar e coibir abusos.

. Que procuradores virem procurados.

. Que o poder legislativo não legisle ou só legisle em causa própria, delegando ao judiciário essa atribuição ou que seja reles servidor ou cúmplice do executivo, e ainda por cima, seja uma casa de proteção a marginais, que se utilizam da excrescência do foro privilegiado, para promover suas grandes gatunagens.

. Que o executivo nada execute sem cobrar propinas, criando relações espúrias e aliciando marginais da iniciativa privada.

. Que o Banco Central, guardião da moeda não identifique bandidos em transações obscuras, em que o dinheiro vivo circula ao léu. Afinal para qualquer mortal comum, sacar qualquer quantia acima de R$5mil envolve apresentar uma parafernália de informações, e normalmente não se consegue êxito se não for solicitado à instituição bancária, com no mínimo 24hs. de antecedência.

. Que o “leão” tão atuante com a raia miúda nem ao menos levante suspeição a enriquecimento mágico, como se dinheiro e patrimônio frutificassem em árvores.

. Que a Polícia Federal leve anos para identificar e denunciar os marginais, tão conhecidos da opinião pública e tão cheios de inocência e desconhecimento de todos atos praticados.

Ora, chega de tergiversações, nossas instituições são uma droga cara e matam mais do que qualquer doença orgânica, sofrem de incurável doença organizacional/operacional sem controle, levando à morte a civilidade e a cidadania.

Confiar em que ou quem? Estamos em falência de órgãos

E olhe que nem estou envolvendo governos estaduais, municipais, assembléias legislativas, câmaras municipais e mais um inesgotável cabedal de órgãos, todos, no mínimo, sujeitos a suspeição.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 10/09/2017
Reeditado em 10/09/2017
Código do texto: T6109846
Classificação de conteúdo: seguro