INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Por: ANTONIO PAIVA RODRIGUES
Perguntamos se somos realmente independentes? O que poderíamos responder? Ficamos na eterna dúvida que teima em nos acompanhar. O sentimento de brasilidade e de amor à Pátria parece esmaecer. Um dia comemorado com alegria e civismo causava um grande frenesi na população brasileira. No mar de corrupção em que vivemos hoje e com poucas punições para os delituosos imaginamos como será o país no futuro. Presidente da República entra pobre e sai rico e ainda com todos os poderes que a condição de político lhes favorece.
Antigamente sim tínhamos civilidade, hoje é um tal de levar vantagens em tudo, que até a Lei do Gérson está em alta. Aliás, que País é este? Todos os colégios, guarnições militares, ex-pracinhas desfilavam com todo garbo mostrando seu amor a Pátria. Sete de setembro ficou marcado na história como a data inicial para o crescimento brasileiro. O povo brasileiro aspira a vencer e vencerás, mas devemos nos lembrar de que vencer sem abrir caminhos da vitória para os outros é avançar para o tédio da inutilidade sob o frio da solidão.
O amor à pátria jamais deverá tomar outro destino. A diretriz, o viés deve fazer parte da vontade coletiva. Para compreender o verdadeiro significado histórico da independência do Brasil, levaremos em consideração duas importantes questões: Em primeiro lugar, entender que o sete de setembro de 1822 não foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e sim um acontecimento que integra o processo de crise do Antigo Sistema Colonial, iniciada com as revoltas de emancipação no final do século XVIII.
Ainda é muito comum à memória de o estudante associar a independência do Brasil ao quadro de Pedro Américo, "O Grito do Ipiranga", que personifica o acontecimento na figura de D. Pedro. Porém outros estudiosos afirmam que a Inglaterra um país de poderes no passado com grande interesse na riqueza brasileira forçou Portugal a vender a independência ao Brasil, sob a alegativa de que não fizesse teria que pagar toda a dívida externa com os ingleses.
Dois milhões de libras esterlinas teria sido “acordo” entre Portugal e Inglaterra. E o grito da Independência ou Morte só teria acontecido na cabeça do pintor Pedro Américo. Será? A Independência tem suas conotações e a participação coletiva não pode ser cerceada por grupos que só imantam a vontade própria, denegrindo a vontade precípua dos que almejam a aspiração do crescimento e do bem - estar da sociedade. Quando nos aprofundamos nos mementos históricos, essa história toma conotações diferenciadas. A dúvida paira em nossas mentes ficamos atônitos e a conclusão é de que nos ensinaram tudo errado.
“A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes, ele foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira. Essa luta pela liberdade é verdadeira e ainda permanece nos dias atuais.
Faz parte dessa história o Dia do Fico.” Informamos que: “em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil, restringiu-se à esfera política, não alterando em nada a realidade socioeconômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial”.Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação histórica do processo de independência do Brasil. Desde as últimas décadas do século XVIII assinala-se na América Latina a crise do Antigo Sistema Colonial. No Brasil, essa crise foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
Foram os primeiros movimentos sociais da história do Brasil a questionar o pacto colonial e assumir um caráter republicano. No site sua pesquisa os senhores poderão contar com mais detalhes sobre a independência, como também vários livros de História do Brasil. Era apenas o início do processo de independência política do Brasil, que se estende até 1822 com o "sete de setembro".
Esta situação de crise do antigo sistema colonial era na verdade, parte integrante da decadência do Antigo Regime europeu, debilitado pela Revolução Industrial na Inglaterra e principalmente pela difusão do liberalismo econômico e dos princípios iluministas, que juntos formarão a base ideológica para a Independência dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789). Trata-se de um dos mais importantes movimentos de transição na História, assinalado pela passagem da idade moderna para a contemporânea, representada pela transição do capitalismo comercial para o industrial.
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradou à metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o cumpra-se, ou seja, sem a sua aprovação.
Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência. O País dominante na época era a Inglaterra e Portugal tinha uma dívida astronômica com os ingleses.“Quando os portugueses aportaram no Brasil e com o passar do tempo os ingleses aqui estiveram e viram no Brasil um potencial de riqueza muito grande”. Forma muitas as nuanças que antecederam a Independência do Brasil e que estão registradas na história.
A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases socioeconômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos. Os navios negreiros fazem o écran da independência brasileira.
De imediato se interessaram por este potencial e passaram a exigir muitas coisas de Portugal. Algumas medidas foram tomadas contra Portugal e uma delas foi à proibição do tráfico de escravos da África para o Brasil, na história do famoso (Navios Negreiros). Os historiadores continuam a sua narrativa e afirmam que o príncipe fez uma rápida viagem às Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimentos, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social.
Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.Estas notícias chegaram às mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga levantou a espada e gritou: “Independência ou Morte!". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil.
No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil. Será que as nuanças aqui citadas são verdadeiras? Condizem com a realidade? Mas, o mais importante é que de uma maneira ou de outra o Brasil se livrou do domínio português, mas foi brutalmente surrupiado pelos ingleses que levaram muito de nossas riquezas, inclusive a borracha. Hoje a situação é triste. Estamos sob o domínio do Poder Político.
Corrupções, falcatruas, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, prostituição infantil e adulta, violência, fome, desemprego, imunidade, impunidade, tráfico de drogas, assaltos, sequestros fazem o écran brasileiro na atualidade. Esse quadro de transtornos políticos que já citamos nas entrelinhas mostra de fato que nada temos a comemorar na data em epigrafe. Quem nos tornará independente novamente?
Quando sairemos do jugo do poder político que se implantou no Brasil. O poder político enfraquece o poder militar e coloca no liquidificador o poder econômico e a patifaria e a roubalheira toma conta do País. O direito de ir e vir nos foi negado. Vivemos enjaulados e entregues a própria sorte. Nossa consciência morreu. Fomos iludidos em nossas pretensões de ter um Brasil melhor e mais humano. A cada governo que passa a situação piora. E aí indagamos?
O que fazer? Contaram a história, mas se esqueceram de falar do deputado Luis Sucupira autor do Projeto que oficializa o 7 de setembro como a data nacional da Independência. O presidente Getúlio Vargas sancionou a Lei em novembro de 1934. Luis Sucupira cearense de nascimento foi Comendador da Santa Sé. Foi eleito pela - Liga Eleitoral Católica (LEC) para a constituinte de 1934. Sucupira era jornalista, funcionário público federal, em 1940, foi nomeado interventor no Estado do Ceará.
Chegava ao Palácio da Luz pedalando a sua bicicleta, o que causou espanto dos que presenciaram o fato. E ele se expressava dizendo que sua atitude era para bem do Estado, pois não haveria necessidade de gastos desnecessários. Um excelente exemplo para os governantes atuais. Luis Sucupira, escritor, católico fervoroso, era membro efetivo da Academia Cearense de Letras. O dia da Independência é um momento de reflexão para todos os brasileiros. Vamos tornar o nosso país uma nação decente. Vamos expulsar do poder pelo voto consciente as autoridades que não cumprem o que prometem a gente. Pensem nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-JORNALISTA- MEMBRO DA ACI-DA ACE- DA ALOMERCE- DO PORTAL CEN (LUSO-BRASILEIRO)- DO RECANTO DAS LETRAS- DO PARA LER E PENSAR- E DA UBT.