SENHORAS E SENHORES

É só acontecer alguma coisa na ópera bufa nacional

e a candinha coletiva midiática eletrônica traz a paráfrase do acontecido, principalmente no Face.

Chamam isso de luta.

O sangue fica por conta do fundo vermelho disponibilizado pelo Face.

Se fosse trabalho de análise literária, alguns até que tiraram nota média.

Ocorre-me o surgimento de um tipo de literatura, destinado a ocupar o tempo livre da burguesia, com o advento da melhoria das condições de trabalho doméstico, comercial e industrial.

Que tal voltarmos para o vermelho do sangue correndo nas veias e colocar tudo no preto e no branco?

Deixar a paráfrase só como introdução para os distraídos e entrar na análise profunda da história escrita e representada no palco nacional?

Mais que isso: qual o papel de cada um? Espectador? Figurante? Coro? Narrador?

Como fazer parte da história e mudar o enredo dessa ópera bufa que se transforma em tragédia?

Antes que alguma voz de aventureiro mascarado conclame:

- Senhoras e Senhores, aqui estou...

O desfecho, na História dos povos há exemplos tristes..

Dirce Carneiro

06/09/2017