A PAZ
Paz, Pax, Paix, Fred, Vrede, Frieden, Bakea e assim sucessivamente em outras línguas. Os povos ao redor do mundo repetem diariamente este mantra, PAZ. No entanto cabe aqui, uma profunda reflexão. Nós realmente temos consciência do significado destas duas consoantes e uma vogal? O peso que ela nos carrega? Primeiramente devemos promover a paz dentro de nós mesmos para depois exigir ao outro esta paz que tanto alardeamos. Precisamos usar da alteridade para chegarmos a algum lugar e sentirmos libertos das armadilhas que rondam o nosso caminhar. A nossa paz interior é fundamental para o nosso bem estar, nossa libertação do julgo alheio. Como devo me sentir em paz? Quando estou de bem comigo mesmo, com meu Eu Divino. Quando tenho consciência de que minhas atitudes não estão a prejudicar a mim e ao outro. A ética em minhas ações deve estar em primeiro plano. Devemos fazer ao outro o que desejamos a nós. É salutar exigirmos nossos direitos, no entanto os nossos deveres devem ser cumpridos a risca. Quando criticamos nossas autoridades por suas mazelas esquecemo-nos de olharmos para dentro de nós e nos questionar: se eu lá estivesse faria igual, melhor ou pior? Desejo para mim meus direitos e o meus deveres? Pago corretamente meus impostos? Não furo a fila dos idosos? Não estaciono meu veículo na vaga dos portadores de necessidades especiais? Dos idosos? Quando sou apreendido por um guarda diante de um erro cometido, qual o teor de minha conversa? A solidariedade faz parte de minhas atitudes? Sou fraterno comigo e com o outro? Meu discurso “político/social” a quem eu quero atingir? A sociedade como um todo ou somente resolver o meu “lado”, resolvido meu problema esqueço totalmente dos problemas que atingem a sociedade em geral? Eu quero a paz mundial, no entanto não perdoo aquele ser que está ao meu lado dividindo o mesmo teto, seja esposo, esposa, filho, pai, mãe e afins. Ignoro meu vizinho, meu colega de trabalho, meu irmão de fé e ainda lutamos pela paz mundial? Devemos semear a paz nas coisas mais simples, pois é nela que está a verdadeira lição de vida. É na simplicidade que aprendemos e crescemos. Grandes discursos só servem para inflamar nosso ego, não leva a nada, ficam no vazio, se dissipam no espaço. Vivamos nossa paz interior livres de conceitos e preconceitos, sem julgamentos. Mente aberta para as mudanças que se fazem necessárias, fé, mais ação e pouco discurso. Não somos turistas neste planeta, cada um de nós temos o compromisso de contribuir com a evolução do mesmo e esta evolução começa por nós, no nosso interior. Somos todos parceiros de Deus, pois ele nos legou o direito e dever de fazer deste planeta um lugar de paz, amor, liberdade, solidariedade, fraternidade. O que estamos esperando? Que tal cada um fazer a sua parte colocando a mão na massa e construirmos um mundo melhor? Sermos dignos com Aquele que nos confiou esta responsabilidade? Deus deseja que esta parceria continue sempre, sem data de validade, pois ele é soberano, justo e paciente para com suas criaturas. Mais Paz na prática e menos paz no discurso. Namastê
Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 05/09/17