O que não se faz por uma filha !
Depois de várias cervejas pretas "Schin", porque não havia outra, a bexiga apitou , então pedi licença e me dirigi até o banheiro...Sabem daquela sensação de quem tomou três cervejas e sairão sete ? Pois é, estava desse jeito !
Atravessei um salão de luzes piscando , um milhão de cotovelos , gente pulando alucinada, um som de estourar os tímpanos e ...finalmente abri a porta do banheiro, deveria ser um oásis no deserto, mas não era, parecia Londres de tanta fumaça de cigarro, mal se viam as pessoas, que falavam ao mesmo tempo, algumas urinando de costas para a parede, não sei como: falavam , dançavam , fumavam sem parar ...e mijavam ao mesmo tempo, sabe-se Deus se não era um no sapato do outro.
Uma coisa de bom esse molecada tem: não reparam nos outros, eu poderia estar vestido de tatu, que passaria despercebido, mesmo sendo 100% diferente deles.
Tudo começou porque a minha filha Mônica namorava um dos caras da banda, o baterista, até que o cara era dos bons, então insistiu para a gente ir ver a apresentação, haviam reservado uma mesa separada, ao lado do palco e tal...e o lugar era uma espécie de "dancing" ( sei lá), com três ou quatro ambientes, meio escuro e "piscante", cada ambiente tocava um tipo de som, e "pasmem", um ambiente não interferia no outro , o que achei um milagre , devido ao som altíssimo.
Não consegui sair da mesa, só até o banheiro de tempo em tempo, e sem a bendita cerva preta, eu não teria suportado cinco minutos, mas a gente ama os filhos e a carinha dela estava impagável de alegria, tudo por ela, tudo . Varamos a noite, nem sei como !
Conversávamos aos berros, no dia seguinte estava rouco, e tudo era anotado naquelas "comandas" de risquinhos, mas tudo bem, a noite era dela, nem estávamos ligando para a barulheira...só um pouquinho, afinal filho é tudo na vida ,depois que eles vem o resto é segundo plano.