Capaz de Amar

Vem aquela sensação horrível! Sei que posso, que consigo, que sou capaz, mas algumas pessoas insistem em tentar me provar que não.

Pior ainda, tentam repetidamente com ações, olhares, atitudes, palavras, reforçar a nós, pessoas com deficiência, se assim preferir chamar, que nós não conseguimos. Neste caso executar ou compreender algo.

Tarefa dada para mim, na maioria das vezes, é tarefa cumprida. E não dou mais importância para a “torcida”, apenas faço o que precisa ser feito.

Ah, comportamento esquisito, não é?

Culpa dele: do capacitismo. Em sociedades capacitistas já se parte do pressuposto que a pessoa com deficiência não é capaz. É a discriminação ou preconceito social com pessoas com qualquer tipo de deficiência que a rege. Dentro de sociedades capacitistas, a não deficiência é tida como o normal e ter um deficiência é algo que deve ser curado, tratado ou corrigido. Geralmente nessas sociedades, a pessoa capacitista dirige-se ao acompanhante do deficiente e não a ele, ratificando o que foi tratado anteriormente.E nessas sociedades advém da noção que pessoas com deficiência são inferiores a pessoa sem deficiência. Ora, pois, é dolorido e quase inaceitável esse tipo de pensamento.

“O capacitismo pode ser relacionado às pessoas com deficiência assim como o racismo pode ser relacionado a pessoas com cor de pele diferente, ou como o machismo para as mulheres. Se baseia numa determinada concepção anatomicamente padronizada, ou seja, um padrão de corpo definido como perfeito, típico da espécie humana.”

Hoje eu faço o que preciso fazer, dentro das minhas possibilidades, no meu tempo e da melhor forma que consigo executar! Sou Laura Flores com alegria e orgulho!

30.08.17

Laura Flores
Enviado por Laura Flores em 30/08/2017
Reeditado em 30/08/2017
Código do texto: T6099407
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