UM EXERCÍCIO CONJECTURAL EXTREMO

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Sexta-Feira, 25 de Agosto de 2017

   Gostaria de poder criar um Congresso Mundial de pessoas idosas, com o fim de discutir, analisar e compor certas regras, no tocante ao respeito às outras regras já existentes, que estão sendo mudadas, desrespeitadas e abolidas, principalmente no tocante à moralidade, à decência e à correção comportamental humana.

  Nesses tempos modernos, as mudanças que se deram com relação a isso são absolutas e, de certa forma, absurdas. Porque muita coisa que era cultuada e obedecida em passado nem tão remoto, hoje não estão valendo mais. E até se observa, e constata, uma verdadeira apelação para que todos aceitem certas mudanças, como coisa natural, o que é revoltante, diga-se.

  Dentro de análises muito particulares que perpetro com relação a tais movimentações, observo um fato interessante, ao qual chamo de vitimismo. As pessoas que não querem seguir com a tradição comportamental criada na, e pela humanidade, colocam-se de tal modo como vítima, buscando angariar apoio para suas pretensões, ideais ou coisas parecidas. Então, fazem-se de coitadinhas. E, infelizmente, estão logrando êxito em suas propostas.

  Só que para as pessoas mais velhas que se encontram vivas nesse nosso presente, a cada dia que passa fica mais difícil assimilar e, principalmente, aceitar tais mudanças radicais em termos de comportamento humano. E isto passa a ser uma verdadeira violência contra ela, que se vê forçada a conviver com o que elas consideram tremendos absurdos existenciais.

  De outro modo, pode-se observar também que os idosos estão sendo descartados pelas gerações mais novas. Estas, com o advento do desenvolvimento tecnológico, pensam ser absolutas. No entanto não percebem que são só instrumentos dessa mesma tecnologia que, como foi previsto há séculos, a espécie humana seria dominada pela máquina, que chamavam de robô, e é isto o que estamos vendo nessa vida atual.

  A cegueira, a ignorância e estupidez das gerações mais novas consiste em não perceber o óbvio. Caso haja um acontecimento grave no mundo e no planeta, que destrua esses sistemas modernos, principalmente o elétrico e o eletrônico, como é que elas se veriam no tocante à sobrevivência nessas condições sofríveis? É óbvio que logo classificarão este autor como um louco desvairado, por criar uma situação inimaginável, digamos.

  E mesmo que muitos dos idosos de hoje se atualizem plenamente no que toca à modernidade, mesmo assim ficarão em desvantagem em relação aos mais novos, pela diferença no vigor físico que estes possuem. Mas do jeito que a coisa tem andado, é bom alguém dizer, e mostrar, à geração atual, que elas também serão idosas dentro de mais duas ou três gerações, também. Isso é imperioso em nossas existências.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 25/08/2017
Reeditado em 25/08/2017
Código do texto: T6094375
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