Uma história que eu li

Eu não sei você, mas eu sou meio romântico e acredito em histórias bobas de romance e hoje eu li uma historia um tanto que peculiar.

A história fala de um cara que conheceu uma menina, os dois saíram, compartilharam alguns momentos e tals, coisas comum quando está se conhecendo alguem. Não era a primeira vez que esse cara e essa garota saiam com outras pessoas, aquela velha história quando se quer conhecer alguem. O que muda nessa história e fez com que eu achasse interessante, foi que após alguns encontros com essa garota tudo indicava que não passaria disso, que seria só alguns encontros e pronto.

Ocorreu que o rapaz pensou diferente dessa vez. Ele percebeu que aquela garota não era como as outras, e que se ele realmente fosse tão inteligente quanto julgava ser, ele teria que tomar uma atitude diferente. Então ele em vez de apenas deixar ela ir, e aos poucos deixar a distância e o tempo cuidar para que ela fosse apenas mais uma que passou, ele decidiu continuar a conversar com ela, decidiu tentar mostrar para ela o quanto ele poderia ser interessante e o quanto talvez os dois poderiam dar certo. Ele decidiu insistir. Confiar apenas em si mesmo. E o que tivesse que ser, iria ser.

E isso me fez pensar... É fácil aceitar que uma pessoa vá embora, cada um segue sua vida e pronto. E com o passar do tempo apenas lembrar dessa pessoa como uma mera pessoa que você conheceu um dia e que não significou nada.

A gente fica pensando que a pessoa certa vai aparecer, que a pessoa perfeita está por aí, e as vezes a pessoa certa foi aquela pessoa que você percebeu algo diferente nela e mesmo assim deixou escapar. Muitas vezes por conveniência, muitas vezes por ser mais fácil assim. Muitas vezes por pensar que não era a pessoa certa e nem a hora certa. As vezes a gente acha que está fazendo o certo, mas não está. Porque o certo, já que essa pessoa de alguma maneira te faz se sentir bem, se de alguma forma ela parece ser uma pessoa legal, porque não dar uma chance, ou duas?

O mais legal dessa história que eu li, é que ela não existe. Eu inventei essa história. Até porque essa história não poderia existir, porque ninguém faz isso. O que de fato fazemos é nos distanciar. Por medo, por precaução e as vezes por parecer ser mais coerente, coerente com que pensamos e acreditamos.

No entanto, esquecemos que alguns sentimentos não são coerentes, que as vezes estar com alguém não é ser coerente e racional. As vezes é dizer coisas loucas e fazer coisas loucas, é cheirar sal na mesa de um bar, é fazer uma rosa com um guardanapo, e não conseguir prestar atenção em nada à sua volta. É sair de casa quando na verdade não se quer sair. É pedir desculpas. É dizer adeus e torcer para que não seja um adeus. É inventar uma história que não existiu só para poder dizer que sente muito. É escrever um texto cheio de erros de concordância, só para poder dizer que não concorda com esse final e pedir mais uma chance.

Autor desconhecido,

Mas pode se tornar conhecido, pelo menos por você 🙃

Brenner Vasconcelos Alves
Enviado por Brenner Vasconcelos Alves em 23/08/2017
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