VIDAS OPACAS E SEM BRILHO

Neste mundo desenvolvido e com muita tecnologia, as pessoas, principalmente uma grande parte da juventude, encontra-se perdida. Seus únicos amigos são os celulares que parecem ser seus amuletos e interagem com pessoas virtualmente e sem eles ficam sem ação e podem cair em absoluta depressão.

Desaprenderam a fazer amizades com pessoas, têm dificuldades de formular sentenças, de articular palavras, entendem mais as máquinas do que as pessoas, os celulares não possuem sentimentos como nós humanos possuímos.

Onde foram parar aqueles jovens conversadores, graciosos e galanteadores, parecendo dom Juan dos filmes antigos? E aquelas jovens que buscavam um príncipe encantado? Teriam sido engolidos pelos celulares e por outras máquinas e jazem em suas entranhas? .

Está na hora de a medicina psicoterápica entrar em ação em maior escala para curar essa doença contagiosa que está disseminando com muita rapidez nessa parcela da sociedade. Hoje já existem casos crônicos e já avançados sendo tratados por tais profissionais.

Trocar mensagens em frase cifradas é um viver muito pequeno e sem graça, muito diferente de reuniões acaloradas entre amigos, colegas e parentes. As visitas habituais a casas de parentes e amigos e colegas, que eram tão salutares se acabaram e só ficaram nas lembranças. Onde foi parar aquele mundo risonho e alegre, de brincadeiras mil entre a juventude promissora em busca de um futuro melhor?

A vida deve ser vivida em interações entre amigos com, rostos alegres, conversações, brincadeiras, prática de jogos e muitos risos.

O celular é a invenção do século, utilíssimo, que revolucionou as comunicações, instrumento, de expressiva utilidade, inúmeros recursos, um mini computador, que bem usado é uma ótima ferramenta de aprendizado, seu uso em exagero não é aconselhável, deve ser usado quando necessário e ser guardado no seu devido lugar. Não é prudente passar a noite com o aparelho nas mãos, ou dormir com ele ligado, o corpo e a mente precisam de descanso. Ele não deve ser, portando, endeusado pelos usuários, tornando-se um caso patológico, uma psicose precisando de tratamento médico especializado.

Andam pelas ruas com seus “brinquedos” cabeças baixas e pescoços curvados, parecendo velhos vergados pelo peso dos anos.

Pobres esses jovens, “enfeitiçados por suas maquininhas”, sem a perspectiva de um futuro promissor e salutar…

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 20/08/2017
Reeditado em 21/08/2017
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