DOMINAÇÃO.
Certo dia, não era mais tão claro, o sol já se despedia, íamos ao encontro da segunda parte do dia, a que fica com pouca luz, quando um casal de jovens, parecia que recém casados, desceu de um automóvel cinza ou prateado e dirigiram-se ao Banco do Brasil.
Ela chegou primeiro diante da porta de entrada. Aliais! ... Ela sempre esteve na frente, desde quando desceu do veiculo. Estava liberando a porta acionando um botão, quando ele apresentou-se ao seu lado. Ela olhou pelo canto do olho esquerdo e com um sinal feito pelo dedo indicador da sua mão esquerda, aleatoriamente determinou um lugar para que ele a esperasse fora da Agência.
Com aquele gesto dominante ela deixou aquele “quase dog” do lado de fora, sem nem uma palavra pronunciar. Prontamente ele obedeceu. Encostou seu ombro esquerdo na parede, que terminava para fazer o vão da porta, trançou as pernas uma sobre a outra, colocou a mão direita no bolso da calça desse mesmo lado, e, encostando a fronte esquerda na parede ficou olhando para dentro da Agência.
Com personalidade forte, fronte altiva, cabelos sem modelo de corte especifico para poder compará-lo, negros cacheados e longos, poderosa e financiadora, ela, entrou e posicionou seus 1,50 metros de altura nuns quase 50 quilos de massa corpórea diante da máquina do caixa eletrônico.
Com a introdução de um cartão magnético, ordenou a máquina que fizesse todas as suas vontades. Digitou no teclado com grande rapidez, como se estivesse dedilhando o teclado de seu instrumento musical tocando hinos religiosos. Sem duvida ela era a “cara”.
Fora, moralmente a léguas de distância, continuava aquele personagem que lembrava um “dog de socialite” esperando o comando para pular no colo. Realmente estava esperando “uns Reais”, dim., dim. Cascalho... Pichuleco... Era um esmolante ou esmoLAMBE, sem medo de errar a palavra. Eu, hein! ...
DOMINGOS INÁCIO.