ERAM VINTE E CINCO
Vinte e cinco anos de casados e o casal resolveu comemorar saindo para jantar em um elegante restaurante.
Marcia vestiu o seu melhor vestido, arrumou os cabelos, se perfumou e botou no dedo o anel que Roberto lhe trouxe de presente.
Ele vestiu-se como sempre e usou o suéter que ela lhe presenteou.
Chegando ao restaurante ele pediu um vinho para a comemoração. Fizeram tim-tim, sem nada dizer.
Escolheram o prato e logo ele pegou o celular. Leu as mensagens, respondeu a algumas. O garçom trouxe a comida que foi comida em silêncio.
Quando acabaram ela lhe disse para pedir um licor, Frangélico, que ela gostava muito.
O garçom encheu os cálices e ela disse: vamos fazer um último brinde.
O que vamos brindar, ele perguntou.
Ao nosso divórcio. Amanhã o meu advogado vai procurá-lo.
Ele, arregalando os olhos, perguntou: Mas por quê?
Porque não vale a pena continuarmos juntos.
Não posso dizer que o casamento não deu certo, Roberto, deu sim, mas acabou. Fizemos dois belos filhos, inteligentes, bonitos, carinhosos e não temos do que nos arrepender. Mas ACABOU.
Geralmente é a mulher quem toma essa decisão. Infelizmente algumas, que deixaram de trabalhar para viver o casamento, dependem financeiramente do marido e são obrigadas a continuar num casamento de mentira porque não sabem como sobreviver sem aqueles que as sustentam.
Mulheres, sejam independentes e só fiquem num casamento enquanto houver amor. É melhor quebrar essa união do que deixar que ela se deteriore. O quebrado ainda se pode colar, mas o que se deteriorou não tem mais jeito.