Infeliz é a morte
Infeliz é a morte
Há muitas religiões e muitas opiniões do porque de estarmos aqui. São inúmeras maneiras de dizer como tudo surgiu. Foi um big bang, outros dizem que viemos de um ser Superior e mais algumas centenas de suposições. Cada qual acredita aquela que sua família, sua crença o convence. Há também as pessoas que não acreditam nisso, mas enfim, estamos aqui. E há também suposições de para onde vamos. Algumas religiões dizem ser a Terra um ˝filtro˝ que leva as pessoas (almas, espíritos...) para uma escala superior, um reino melhor. Para chegarmos a este outro nível, temos que sair deste e só o fazemos morrendo materialmente.
Há quase que um consenso entre as religiões, para ascendermos outro patamar, devemos neste ser pessoas boas que pratiquem o bem. Pessoas que não se adéquam, a viver em uma sociedade harmônica, não passam pelo filtro. Descem na escala evolutiva ou simplesmente, têm que mais uma vez viver neste mundo. Estas e outras suposições existem, para quem acredita na escala espiritual.
Em sociedade, esta pessoa sofre penalizações, quando não age em acordo com a sociedade. Dependendo de sua conduta, as sanções vão de uma simples repreensão, até a mais severa das penas impostas a um ser humano, tirar a vida deste.
As pessoas morrem de diferentes maneiras, acidentes, causas naturais, uma punição já mencionada e outras.
A Bíblia para os cristãos, diz que passaremos por fases na vida e uma delas é a morte.
Entender a morte é muito complicado. Aceitar leva tempo. Entretanto, aprendermos com ela, pode ajudar a crescermos como seres humanos. Aquele bebê encontrado na praia, quando seus pais tentavam fugir da guerra. Quantas coisas cada um pensou, sobre como ajudar aquelas pessoas, aquele bebê? Serviu como uma lição, devemos nos importar mais com as pessoas, o mundo não é só este que vivemos. Aceitar a perda, de um esteio da família, pode ser um passo importante para todos. Difícil, mas vendo dessa maneira, crescemos como seres humanos. Devemos aprender a nos reagrupar e a seguirmos fortes como éramos. Assim a morte faz sentido e fica mais fácil convivermos com ela.
Até por que neste ofício, a própria morte não é feliz. Esta deve sofrer muito a cada vez que leva alguém para outra vida. Levar uma Madre Tereza de Calcutá, ela mesma não ficou feliz. Que alma boa! Deveria ficar aqui para todo sempre, mas há que ser levada, assim outras pessoas vendo o bem que ela fez, inspirada em sua ausência, tendem a mudar o mundo com boas ações. Também não fica feliz quando leva um Saddam Hussein, quantas pessoas este poderia ter ajudado.
Portanto, devemos prestar atenção aos exemplos do mundo. Assim aceitaremos mais facilmente o oficio da morte. Este, ingrato a ela mesma.
Paulo Cesar