De outras pás
Para tantos, um vulto misterioso (mas resplandecente sempre, para outros), ali, está ele: Talvez se preparando para a sua última jornada em vida, entre fogos de palha ou de amor, incêndio e morte... Matsuo Bashô, mestre haicaísta.
Acredita-se que tornou-se, mais ou menos desde os quarenta anos, um andarilho, erroneamente com um monge confundido por suas vestimentas e modos. E ainda mais: A viver de ensinar aos outros poesia!
Ó grande e antigo Japão!
Se ( – “Se”?! Vixe Maria... Geralmente “se” quer dizer “mas”! Rasgue logo, homem: Onde, enfim?! Teresina, PI? – Não! Desta vez e por Deus, não!! – Ah, menos mal! Já basta-me este Recife da época de um dos meus prediletos Chicos!!) aqui fosse, ou ali, Bra(_)il (– Hm... Com “s” ou com “z”?), Região Sul, Paraná, Apucarana...
Se aí fosse, com seis que já estavam na rodoviária e nove apucaranenses que ficaram, o que seria de Bashô, hoje, talvez católico, maltrapilho, ex-militar e poeta?!
Talvez o jogassem em um sanatório e, se tivesse ainda ligeiramente olhos puxados, o deportassem...
Oxe, as alegações haveriam de ser obrigatoriamente as mesmas: Gestos obscenos enquanto se banha na praça, depredação de locais públicos...
E com certeza o mais impressionante:
“ – Os nossos moradores de rua nós conhecemos.”
Foi o que afirmou a secretária de Assistência Social de lá.
Sem contar com o que disse aos outros seis mendigos possivelmente a mesma (agora, em frente às câmeras):
“ – O que vocês querem aqui? Vocês não são daqui!”
Jesus... Acho que, em Apucarana, voltamos à época dos feudos – Bem mais velhos que o homem das mil rãs!!
Pobre lugar! Não deve de ter, neste nefasto município, um só policial ou uma só pessoa que saiba das leis!
Opa! Ainda estamos no Bra(s)il – Eu me esquecia...
Quanto ao curso que prestam de etiqueta aos mendigos deste outro Bra(z)il, acho que eles cansaram disto! Pois em vez de a abrigos, quiseram voltar às ruas – Salva a Poesia(?)!
E independente, por fim, de haver, antes desta, emigrações forçadas (em caminhões), o que se vê é que algumas cidades estão se rendendo ao péssimo hábito de varrer de suas calçadas pessoas como se fossem lixo!
Antes fechar o olho à desigualdade que sempre existiu, mas não ao direito de ir e vir!!
E o que mais dizer? Senão que, em 63 anos de fundação e com cerca de 115.823 habitantes, Apucarana conhece bem a pouca miséria que tem...
a 27 de Março do incrível ano de 2007