Os últimos dias de uma Coreia

Francamente que gostava de estar enganado, mas...

Cercado na frente interna e com um orçamento anual de 500 mil milhões para a defesa (a indústria bélica é de longe a mais lucrativa dos EUA...) era inevitável que trump fosse para a guerra, tanto para justificar o obsceno orçamento de defesa como para aumentar a sua popularidade sendo previsível o alvo:

- Se se metesse no atoleiro ucraniano arriscava-se a uma guerra de consequências imprevisíveis com a segunda maior potência nuclear do planeta.

- O cenário sírio caminha para uma resolução,e a partir do momento em que os russos ameaçaram abater todos os aviões que violassem o espaço aéreo da Síria, o presidente americano virou-se para o alvo mais fácil, praticamente abandonado pelos aliados que lhe restavam:

Os media controlados pelos EUA já começaram a exagerar quer nos números, quer no poder bélico de Kim Jong-un, ao mesmo tempo que quer russos, quer chineses deslocaram tropas para a sua fronteira de modo a impedir o previsível êxodo de milhões de norte-coreanos.

Vivemos pois os últimos dias de uma Coreia, não porque queiram colocar um ponto final numa das mais longas ditaduras da história e assim libertar o seu povo, mas apenas por uma questão política, militar e de gestão de recursos naturais (adivinhem quem vai ficar com a exploração das terras raras do país, muito provavelmente a única riqueza do país?).

Os tambores de guerra ouvem-se cada vez mais alto, é apenas uma mera questão de tempo antes das bombas começarem a cair sobre Pyongyang...

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 09/08/2017
Reeditado em 09/08/2017
Código do texto: T6078369
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