A ilusão da comodidade do amor
Na volta pra casa, bem no finalzinho da tarde.
Dentro do ônibus. Prestando atenção na brisa costumeira.
Mas pouco sentida, ouço e aqui descrevo poeticamente:
- Mas o que você quer que eu faça?
- Nada, apenas aponto aquilo que você tem feito e que não traz o que você quer...estou errado?
- Mas o que posso fazer a mais do que estou fazendo?
- Talvez você possa fazer menos
Mesmo sem querer, prestei atenção e a brisa já amenizara seu efeito, devido a curiosidade latente.
- O que você quer dizer com isso?
- Que você faz muito e isso é um problema
- Então demonstrar amor é um problema?
A conversa divagara ou minha memoria não guardara de fato tanto assunto, Mas ao certo ouvi:
- Quando ele está cego...sim.
- Como assim cego?
-Ora, você mesmo quem fala: você não recebe aquilo que precisa, “só se ferra” com os homens… e continua “amando” do mesmo jeito. Será que não é hora de rever isso?
– Nunca pensei nisso
Tentando ser mais educado que meramente curioso distrair-me do assunto alheio com uma reflexão " o que acontece nesse interessante fenômeno dos relacionamentos humanos?"