A ilusão da comodidade do amor

Na volta pra casa, bem no finalzinho da tarde.

Dentro do ônibus. Prestando atenção na brisa costumeira.

Mas pouco sentida, ouço e aqui descrevo poeticamente:

- Mas o que você quer que eu faça?

- Nada, apenas aponto aquilo que você tem feito e que não traz o que você quer...estou errado?

- Mas o que posso fazer a mais do que estou fazendo?

- Talvez você possa fazer menos

Mesmo sem querer, prestei atenção e a brisa já amenizara seu efeito, devido a curiosidade latente.

- O que você quer dizer com isso?

- Que você faz muito e isso é um problema

- Então demonstrar amor é um problema?

A conversa divagara ou minha memoria não guardara de fato tanto assunto, Mas ao certo ouvi:

- Quando ele está cego...sim.

- Como assim cego?

-Ora, você mesmo quem fala: você não recebe aquilo que precisa, “só se ferra” com os homens… e continua “amando” do mesmo jeito. Será que não é hora de rever isso?

– Nunca pensei nisso

Tentando ser mais educado que meramente curioso distrair-me do assunto alheio com uma reflexão " o que acontece nesse interessante fenômeno dos relacionamentos humanos?"

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 08/08/2017
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