p l á g i o

O saudoso Chacrinha costumava dizer: "Nada se cria, tudo de copia". Apesar de parecer uma brincadeira, ela falava sério. Sim, porque tanto na época dele como hoje não se cria quase nada, mas se copia paca. A fila, a cola, a cópia come no centro. O plágio dá as cartas e joga de mão.

Na verdade, numa sociedade de massas, comandada pela mídia, vamos gradativamente perdendo a identidade, os usos e costumes, as peculiaridades, a linguagem, o folclore, o sotaque e ao grito de ordinário, marche! da moda, começamos a marchar, meros marionetes. E tome imitar o que os integrantes da mídia fazem e dizem.

Tem mais, não podemos chamar de filão aquele mero escrevinhador matuto ou provinciado, o amador, aquele que procura na mídia assuntos e formas de fazer isso e aquilo, principalmente no tocante à escrita. E as teses, mestrados, doutorados e pesquisas?!!!!!! Li, não me lembro onde, uma frase que nunca esqueci: "Quando se rouba de um autor chama-se plágio, quando se rouba de muitos chama-se pesquisa".

Sei não, posso até estar errado, mas acho que o plágio está institucionalizado, principalmente depois da internet. A maioria fila de Mister Google. Quem não faz isso fica limitado ao seu mundinho particular, escrevendo assuntos que a maioria nao lê, escrevendo como fala, nadando contra a corrente. É minoria e fica sempre no ostracismo. Hoje é tempo doplágio, da repetição, da fila, da moda. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 07/08/2017
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