CRÔNICA DE  UMA VIAGEM.
Estive no Pará, minha terra natal, durante 30 dias. Não fosse pelo calor de até 40 graus, seria perfeito! Pude conviver com parte da minha numerosa família, composta por duas irmãs 1 irmão, 45 sobrinhos e  quase 200 sobrinhos-netos. Não foi possível visitar todos, mas onde estive, o acolhimento foi carinhoso e eloquente. Na casa da sobrinha Teresa, muita conversa ao redor da mesa, cadeiras na calçada e uma garrafa de café quentinho para quem chega. Meu sobrinho Adiel levou-me onde eu quis, de moto. No sitio de João e Zenaide, minha sobrinha, banho de igarapé, muito açaí, maniçoba e costela de porco assada. No sitio do meu sobrinho Toninho, galinha caipira, frango no tucupi, água de coco fresquinha e muito banho de rio. Na minha irmã Graça e família, aniversario do Artur, sopa familiar e muito carinho das sobrinhas  e sobrinhos.
Na casa de Sara, outra sobrinha filhote frito, açaí, mousse de graviola e feijão com charque,  tudo gostoso. No restaurante das minhas sobrinhas Ana e Marleide, o melhor feijão tropeiro que já comi e depois, tambaqui assado na brasa com arroz e molho de vinagrete.
Fiquei hospedada na casa da minha sobrinha Marlise e junto com Katian e Alice, jogamos Ramikoob, um jogo desafiante. Maelise a Luci, não pouparam delicadezas para comigo.
Com minhas amigas Maria do Carmo e Patricia, fomos a ilha de  Mosqueiro, principal balnerario  do estado. Fomos também a ilha de Cotijuba, com praias maravilhosas.
Belem é uma cidade bonita, com suas mangueiras e pontos turísticos imperdíveis como o complexo das docas, a   feira do Ver-o-peso, o Mangal das Garças,  o Bosque Rodrigues Alves e o Museu Emilio Goeldi. Para compensar a ausência de praias na cidade, muitos balneários  próximos. Muitas avenidas de acesso ao centro e aos bairros, ainda estão sendo projetadas, inclusive  para o tráfego de ônibus por canaletas exclusivas.
Mas, tudo tem  um mas: muito lixo nas ruas, principalmente nas periferias, praças mal cuidadas,  bairros inteiros  semi-abandonados, sem calçamento e saneamento básico.
O Pará é um estado rico em florestas, mas o desmatamento é constante. No meu município, Irituia,  grandes áreas desmatadas, uma tristeza...O nascer de uma consciência ecológica, ainda é incipiente, no meu ponto de vista. Imaginem que as grades que limitam as canaletas dos onibus exclusivos, são arrancadas por  vândalos.
Por tudo isso, sinto que muito tem de ser feito para que Belem seja  melhor cuidada por seus  prefeitos e como sou paraense que nunca esqueceu suas origens, embora morando 37 anos em Curitiba, te amo minha Belem hoje e sempre.