Os Bastidores do Pan
Apagaram-se as luzes do PAN e muitas outras se acenderam em nossos cerebros, diante de centenas de exemplos de idealismo, determinação, perseverança e superação, consagrados com medalhas e manifestações de fraternidade entre jovens que destoavam de tudo que ocorria nos bastidores.
Por tráz da cortina a organização dos jogos, feita pela empresa escolhida (ou determinada) sem concurso ou licitação pública regulares, a qual obteve dos governantes uma verba, rápidamente aprovada, de pouco mais de setecentos milhões de reais, mas que através de ajustes e emendas teria chegado a, aproximadamente, três bilhões de reais, com certeza nenhuma prestação de contas dará aos nossos contribuintes tributários.
Ao abrinrem-se as cortinas, o vergonhoso silêncio do anfitrião-mor fugindo dos microfones, ante a vaia de uma nação representada nas arquibancadas daquele estádio. Ao fecharem-se as cortinas a vergonha
da ausência do mesmo sujeito.
Agora iniciam-se os Parapan e aí sim, as luzes que se acendem não iluminam apenas nossos cerebros, mas nossos corações e nossas almas. Com certeza teremos lições inesquecíveis de vidas vitoriosas de seres, injustamente, clasificados como "deficientes".
Deficientes têm se mostrado nossas instituições, organizações públicas, nossos representantes parlamentares, nossos administradores, nossa educação, saúde, segurança, ética, moral e tudo que não depende das limitações físicas ou mentais de seus responsáveis. Infelizmente, a única coisa que parece se tornar cada vez mais eficiente neste país é a "corrupção", esse câncer que leva trabalhadores honestos à miséria, faz desaparecer o dinheiro dos tributoa que deveriam erguer hospitais, escolas, estradas, portos, aeroportos, etc. Nunca se ouvira, no passado, falar de crianças, entre indígenas, morrerem de inanição.
Vamos tentar aprender, com esses jogos, o que podemos melhorar em um de nós mesmos. Mas não calarmos diante de tanta improbidade,
incapacidade e incompetência, antes que seja tarde !