O PERDÃO, O PERDOADO...E O OFENDIDO.

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Sexta-Feira, 4 de Agosto de 2017

    "Perdoar as pessoas, não te obriga a conviver com elas".

   Esta frase estava estampada numa página do Facebook de um amigo virtual, onde li e me senti envolvido com o seu teor, bem como a criar tal assertiva sobre ela.

   É muito comum atribuir-se o gesto de perdoar alguém, por coisas que nos tenham feito, de modo pesado e ofensivo. Bem como, também, num sentido contrário, pedirmos perdão àqueles aos quais tenhamos causado algum infortúnio ou coisa parecida, de modo a ter gerado cortes nas relações. Que podem ser de ordem familiar, de amizade, profissional, etc...

   De acordo com as práticas religiosas da humanidade, todos somos obrigados a perdoar e pedir perdão, simultaneamente, para que as relações entre todos voltem ao normal, como dantes do imbróglio ocorrido entre as partes. Isso, pelo menos, em termos teóricos, porque na prática, nem sempre acontece. Muita gente não perdoa, mesmo, algo que lhe foi causado por alguém.

   E nesse aspecto, nem se deve levar em conta tal atitude, porque o ofendido sabe em que profundidade o mal lhe foi feito, tendo a seu favor a possibilidade de aceitar ou não o pedido de perdão do outro. Porque a bem da verdade, o mal já foi feito e o estrago também. Então, é sabido que cada caso é um caso.

   Na minha posição pessoal, hora gosto e aceito tal circunstância, mas em outra, não. Porque, realmente, tudo dependerá do estrago causado. Bem como da profundidade dele. E aqui é para se citar uma fábula que conta uma história onde há a comparação de um sentimento como esse, com o café quente numa xícara. O que representa dizer que o café quando esfriado, quando reaquecido não será ou terá o mesmo gosto de antes.

   Então, tal situação, pelo jeito, nunca terá unanimidade nas ações humanas, no sentido de se voltar atrás a uma ação má perpetrada por alguém a um semelhante. Concedendo-se o perdão ao próximo, de forma absoluta e definitiva. Digamos que o fator sorte imperará nessas circunstância. E o beneficiado com tal gesto deverá sentir-se por satisfeito de lograr êxito no perdão de sua falha ao próximo.

   Enfim, para se resolver tais situações, seria muito melhor evitá-las, no sentido de não criá-las, agindo-se, sempre, na convicção da verdade. Proceder com lisura, com fraternidade, com o pleno instinto da utilidade para com o semelhante. Não ferir suscetibilidades, tampouco causar transtorno, sofrimento ou desagrado a ninguém. Mas convenhamos, isso não passa de pura utopia. Sempre agiremos do mesmo modo. Uma hora, bonzinhos; em outras, nem tanto. Até pelo contrário. Eis a questão.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 04/08/2017
Código do texto: T6073846
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