Existir mais do que viver ?
Amigos e amigas andam indo embora sem se despedirem da gente, como é o caso , dias atrás, da amada Goretti Zenaide, apressada para escrever a festa de Ronaldo Mendonça na mais alta das coberturas. Por isto, sabemos aonde foram, onde estão: Pessoas tão boas como essas não conseguem, mesmo se quisessem, encobrir a grandeza das suas almas. Há quem viva, mas quase não tem alma; alguns a têm em abundância, morrem e, sem vida, continuam existindo, sendo "persona" além de indivíduos viventes, como se fossem imortais. Também porque, em vida, não tiveram alma pequena, como reflexos do verso de Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
Quando se compreendem tais quase mistérios, vive-se bem, transformando a vida em "existência que precede a essência", num pensar sartriano, esplendor da liberdade que é mais valioso e duradouro do que a vida. Isto nos propicia felicidade: Existir em plenitude significa mais do que simplesmente viver, o que ensina outro contraponto: Ser mais do que ter... Mas em se falar de quantidade de vida, alvitra-se o tempo que, como a vida, parece passar rápido, tornando o dia em poucas horas, a semana em poucos dias e o ano em rápidos meses. Assim, o tempo nos causa desgosto ou cansaço quando corremos para alcançá-lo.
Tempus fugit? Não, o tempo não foge, nem se altera. Somos nós que fugimos, por analogia, num trem em velocidade, postados na janela, vendo camponeses arando o campo, crianças brincando nos quintais, mulheres varrendo os terraços e animais pastando, indiferentes ao trem, como o tempo nem existisse. Nessa contínua viagem sem estações, às vezes, o tempo se diminui, causando-nos insatisfação, contudo, ele também nos agrada, mas passa, modestamente independente, intangível, invisível, sem ouvir reclamações ou elogios. É o tempo que se nega ou somos nós que nos negamos ao tempo?
Amigos e amigas andam indo embora sem se despedirem da gente, como é o caso , dias atrás, da amada Goretti Zenaide, apressada para escrever a festa de Ronaldo Mendonça na mais alta das coberturas. Por isto, sabemos aonde foram, onde estão: Pessoas tão boas como essas não conseguem, mesmo se quisessem, encobrir a grandeza das suas almas. Há quem viva, mas quase não tem alma; alguns a têm em abundância, morrem e, sem vida, continuam existindo, sendo "persona" além de indivíduos viventes, como se fossem imortais. Também porque, em vida, não tiveram alma pequena, como reflexos do verso de Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
Quando se compreendem tais quase mistérios, vive-se bem, transformando a vida em "existência que precede a essência", num pensar sartriano, esplendor da liberdade que é mais valioso e duradouro do que a vida. Isto nos propicia felicidade: Existir em plenitude significa mais do que simplesmente viver, o que ensina outro contraponto: Ser mais do que ter... Mas em se falar de quantidade de vida, alvitra-se o tempo que, como a vida, parece passar rápido, tornando o dia em poucas horas, a semana em poucos dias e o ano em rápidos meses. Assim, o tempo nos causa desgosto ou cansaço quando corremos para alcançá-lo.
Tempus fugit? Não, o tempo não foge, nem se altera. Somos nós que fugimos, por analogia, num trem em velocidade, postados na janela, vendo camponeses arando o campo, crianças brincando nos quintais, mulheres varrendo os terraços e animais pastando, indiferentes ao trem, como o tempo nem existisse. Nessa contínua viagem sem estações, às vezes, o tempo se diminui, causando-nos insatisfação, contudo, ele também nos agrada, mas passa, modestamente independente, intangível, invisível, sem ouvir reclamações ou elogios. É o tempo que se nega ou somos nós que nos negamos ao tempo?