Apenas compaixão...

Vou dizer uma obviedade meio dura: é fácil falar, censurar e analisar a vida dos outros sem viver os problemas, de fora, palpitando adoidados, sem nenhum compromisso, sendopenas meros observadores. Viramos analistas,censores, conselheiros, experts em propor alternativas, sbretudo aquelas que se enquadram no politicamente correto e atendem as novas posturas e novas convenções da sociedade "avançada" e "democrática".

Só que a realidade nem sempre se adapta às novas posturas. Vamos ao caso de uma mulher casadaque não posui emprego, recursos, família que a ampare no caso dela descasar. Digamos que ela esteja na faixa dos 40 ou 50 anos, sem evidentemente aquele viço da juventude, esteja cansada e apenas ligada aosserviços de casa e da família. Suponhamos que ela esteja fazendo vista grossa as puladas de cerca do maridão e, também, às grosseirias dele.

É claro que de fora, a primeira propostae reação do mero observador será que a mulher deve reagire não aceitar essa situação, que é servidão humana e, de certa forma, ela está virando mulher objeto, uma espécie de Amélia do samba. Ela deve, quem sabe, reagir, pagar na mesma moeda ou descasar. Certo? Há controvérsias. Sim, orque não raro não oque dividir e a pensão qe ela receberia como divorciada não daria para a subsistência dea e dos filhos, haja vista que ela nãotem profissão, é só uma praticantedas prendas domésticas, uma rainha do lar. Mais: a família sempre tem seus problemas e não pode assumi-la. Que fazer? É aí que os aconselhadores ficam num sinuca de bico, vão concluir que restá apenas compaixão... Acaba o discurso. As eis esqueceram a vida cotidiana. Fazer discurso é [facil,resolver o problema aé difícil.

Fico lndo, ouvindo, testemunhando as divagações, explanações, opiniões, artigos, teses e o escamabau de dscursos sobre a necessidade da mulher se libertar, mas não tocam no assunto sobreviência pós-divórcio. Certa feita debatendo no rádio, em Pesqueira, isso há uns 30 anos, eu disse que para que a mulher de prendas domésticas sobrevivesse com dignidade e ropasse com os maridos relapsos era preciso se criar uma espécie de renda mínima para elas. Sem isso ne huma lei funcionaria a contento. A cida na teoria é uma coisa, na prática é outra coisa.

Falta sim dscutir o pos-divórcio das mulheres que não possuem emprego e nem renda. Esse tema tem que ser focado. Vasta de discurso. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 03/08/2017
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