Amar, ainda vale a pena!
Muito se fala de amor, principalmente em sites de poesias, como este. O amor em seu sentido etéreo e transcendental toma forma e segmentos diferentes em poemas, cartas, ensaios e até artigos acadêmicos, onde este fica sob a ótica de um astuto observador que tenta decifrá-lo à luz da ciência e conceitos afins.
Eu, para mim, creio que amar sempre valeu a pena, mesmo amando e não sendo amado, pois não existe algo que estimule mais do que amar. Um convite, uma voz, um toque, uma lembrança; quem ama, sabe que isto tem valor, e mesmo que termine; o que importa é que existiu.
Não creio em amor à primeira vista, e sim numa atração instantânea, o amor na minha visão é construído e erguido sob fortes inclinações pessoais, que levam o outro a ter interesse na pessoa, e sentir-se bem ao seu lado. Não confundir a obsessão e carência extrema, com amor, pois o amor não exige uma contrapartida, aceita a divisão; não há possessão do objeto, e sim uma aceitação do outro como ser, com dúvidas, inquietações e angústias. Quando este travestido de amor, exige e submete o outro a coisas contrárias à sua natureza, não é amor, é algo patológico, e como tal, deve ser tratado.
Também duvido que se possa amar somente uma vez, creio que há vários amores, e de diversas formas, uns muito intensos, outros mais suaves, alguns ignoramos, muitos renegamos. Amamos um ser, um gato, um objeto, um quadro, uma ideia, um local, um conceito, a liberdade, a boêmia, a vida, várias pessoas, e isto não quer dizer que amamos menos uns que outros, simplesmente, amamos!
Podemos amar de várias formas, como amigos (fraternal),filhos (filial) ou mesmo o amor supremo (transcendental),mas seja de que forma ele venha e exista na vida, sempre será o suporte para evitar a decadência e inexistência pessoal.
Acho que não amar é triste, é como viver em plena escuridão, ficamos cegos à beleza da vida, e nos tornamos deficientes em retribuir um carinho, pois não conseguimos entender o processo em si. Ficamos insensíveis a toda sorte de lamentos e sofrimento do outro, pois quando não se consegue amar, impossível ter gestos humanos e visando o bem estar do outro.
Finalizando, amar sempre vale a pena, mesmo com tantas guerras, massacres e a ojeriza que os governantes nos causam, se não fosse pelo amor, teríamos sucumbido e a humanidade teria perecido no decorrer da história.
Então,vivamos o amor,literalmente.
Aqui registro um trecho do comentário do recantista:
GUSTAVO ARAUTO
Leila Diniz (Poema)
"Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Por que não sabem que o mar
É de quem o sabe amar".
Conheci esse poema através de um professor de Literatura, no cursinho. Na época, ele chamou a nossa atenção para a metáfora que insinuava a disputa de duas mulheres pelo amor de um homem (Omar). Aí está, o amor é dos amantes.