ASSIM SE ENTENDE, E SENTE...
Bem clara, para alguns mais observadores, a prática do atual empresariado, em especial nos supermercados da vida...
Mesmo sem transitar compradores com carrinhos cheios, há tempos não ganhavam tanto dinheiro, com a inflação politicamente praticada, sem pesos nem medidas, na ganância explícita.
Alguns dos incontáveis exemplos, quando ofertam as tentadoras promoções:(os preços foram arredondados, ok?)
- 30 ovos por 12,00... 12 ovos por 6,00
Queijos fatiados por 50,00 o quilo... A fatiar por por 25,00
Sobras de bacalhau, embalado: 90,00 o quilo... A fatiar por 59,00
08 rolos de papel por 8,00... 04 rolos por 6,00.
Diante da prática camuflada da maldade, cabe uma filosofia grosseira popular: “Quê adianta tanto rolo guardar, se não tiver merda no cê u pra defecar?”
Em síntese: Os lucros nos descontos tem, quem pode pagar, os que podem ter uma abastecida despensa. E quem paga essas benesses é o "fomegerado" povão, que pela falta de recursos reais e imediatos não pode usufruir de comprar em quantidades provedoras. O povo paga os descontos concedidos aos abastados !
E mais: É possível que estejam mancomunados na logística de disparidades de preços, praticadas entre eles, fazendo os andarilhos circularem à cata de preços que ajustem seus salários. Assim, nesse rodízio circulante de catadores, eles mantém-se de portas abertas.
É possível também, que essa caristia surreal, praticada a partir do último semestre de 2014 para cá, esteja o foco da Lavajato como causa, inibindo, em parte, a sonegação dos impostos, escoação de dinheiro para o exterior, daí estarmos pagando “completando” a ausência de lucros ilícitos, que estavam tempos há tempos, a praticar.
E assim também, não convindo praticar as “pedaladas fiscais”, como fez a presidente Dilma, já que o fator de seu impeachment foi esse, o atual governo, analogamente, faz o povo pagar pela sua não entrada no cheque especial, pagando as próprias contas à vista, e o povo a perder de vista, com juros e correção, cada vez mais encolhidos.
Ante a falta de confiança no futuro, a insegurança no presente, assaltos imprevistos de toda a natureza, reais, morais, e imorais como o aumento do preço dos combustíveis, e adiamento ou sustação de projetos pessoais, ratifica o que falou o senhor presidente: “ Haverá mudanças de costumes”...
Na reforma da Previdência, assim como em todas as legislações e conceitos vigentes, sempre é possível haver modificações, mas não como essa que estão querendo oficializar. Quarenta e nove anos de contribuição para perceber rendimento integral. É evidente que a maioria não vai alcançar esse tempo de contribuição, vai morrer antes, não vai desfrutar, no seu breve lazer, de sua aposentadoria, e muitos, dependentes, no caso ante a morte imprevista por fatalidades ou saúde fraca irão amargar... E há os que não alcançarão o rendimento integral, por terem ingressado tardiamente no mercado de trabalho, pela escassez de oferta de empregos com carteira assinada, especialmente para os jovens. A média de faixa de idade no ingresso ao mercado é de vinte e cinco anos.
Somente pelos fatores acima, é evidente que a arrecadação será encurtada. Talvez, essa reforma tão considerada imprescindível para o sustentáculo de honra das contas públicas, esteja no fator, já previsto pelos edificadores da obra, nos efeitos das reformas trabalhistas, já oficializadas, prevendo a diminuição das arrecadações, havendo necessidade involuntária, em alguns casos voluntária, à procura de trabalhos informais, pela ausência de oferta de empregos com carteira assinada, inclusive há um incentivo do próprio governo para essa nova realidade. Os desocupados estão sendo instigados a procurar o que fazer “no bico”.
Detecta-se a perversidade: sabem que a maioria dos cidadãos, não tem condições de contribuir para a aposentadoria privada, e nem conseguirão contribuir na pública por quarenta e nove anos, até mesmo nos casos de trabalhos braçais, passados de pais para filhos, inda na infância, não alcançarão pelo fator físico da não resistência corporal.
O futuro está sendo projetado sombrio e frio para a maior parte da nação.
Como desde sempre, os privilegiados, na escala humana, é que, como sempre, estão e estarão “deitados no berço esplêndido”...