História Oficial e Quadrinho de HISTÓRIAS
Conheci aquele senhor que contou com muita frustração o fato de quando criança seus pais lhe proibirem a leitura de revistinhas. Revistinhas como chamávamos as histórias em quadrinho ou gibis. Dava-lhe livros!
Puro preconceito! A validade da leitura do veículo é que importa. E ali estava aquele senhor com esta lacuna em sua vida – sentíamos, percebíamos a frustração dele. É claro que há extremos, por exemplo: professores mandarem seus alunos lerem bula de remédios a título de exercício de leitura. Imagino o tédio que pré-adolescentes devem sentir com isto.
A memória que guardo e que me assalta de meu primeiro contato com “revistinha em quadrinho” é de estar na cozinha da velha casa após o almoço folheando uma em papel lustroso. A história que minha irmã contava – eu ainda não sabia ler e só folheava – era do personagem da Disney, Bambi. A partir daí vieram os gibis. Invejável era a coleção de um vizinho: era um baú repleto de revistinhas.
As matinês dos antigos cinemas da cidade eram antecedidas com a garotada trocando suas revistinhas. Era uma dobradinha muito lúdica: filme e historinha em quadrinho. Foi relembrando isto que o tal amigo, o senhor do primeiro parágrafo, contou de sua frustração de nunca ter tido material para troca na porta do cinema.
Fui comprando revistinha, mas nunca tive espírito de acumulador ou colecionador, exceto livro. E mesmo assim quando me aposentei eu os coloquei na calçada e foi uma festa e uma alegria ver o povo carregando a livraria e DVDs – só guardei alguns para levar para o asilo!!!
Era uma emoção passar na banca de revista e comprar as revistas Disney e outras. Lembro-me que havia uma em que trazia a história da Minnie sendo raptada por um cavaleiro medieval. Isto me despertou o interesse pela História. Esta motivação somada a outras fez eu cursar História.
Viera a fase dos super-heróis. E um dos preferidos era o Homem Aranha.
Das historinhas em quadrinho os personagens pularam para os filmes de Tv e destes para o cinema. Sempre que assisto filme desta natureza revisito a minha infância de gibis e Tv.
É claro que estes personagens trazem consigo toda uma ideologia política imperialista de dominação que mostra as potências capitalistas como salva guardadoras da paz e ordem. Mas esta criticidade a gente aprende depois de adulto. A criança quer apenas o prazer da leitura, fantasia e imaginação.
E foi por esta criticidade que o mercado editorial abriu espaço para os nossos gibis nacionais.
Mesmo assim, no último fim de semana fomos, eu e meu filho já adulto, ao cinema assistir a mais um filme de um dos super-heróis preferidos: O Homem Aranha. Foi uma tarde muito agradável.
Reviver a infância é muito bom, porque ser sério demais é “chato pacas” – aproveitando para dizer esta gíria que os hippies de minha infância diziam como um de seus mantras. Morou, bicho?
Conheci aquele senhor que contou com muita frustração o fato de quando criança seus pais lhe proibirem a leitura de revistinhas. Revistinhas como chamávamos as histórias em quadrinho ou gibis. Dava-lhe livros!
Puro preconceito! A validade da leitura do veículo é que importa. E ali estava aquele senhor com esta lacuna em sua vida – sentíamos, percebíamos a frustração dele. É claro que há extremos, por exemplo: professores mandarem seus alunos lerem bula de remédios a título de exercício de leitura. Imagino o tédio que pré-adolescentes devem sentir com isto.
A memória que guardo e que me assalta de meu primeiro contato com “revistinha em quadrinho” é de estar na cozinha da velha casa após o almoço folheando uma em papel lustroso. A história que minha irmã contava – eu ainda não sabia ler e só folheava – era do personagem da Disney, Bambi. A partir daí vieram os gibis. Invejável era a coleção de um vizinho: era um baú repleto de revistinhas.
As matinês dos antigos cinemas da cidade eram antecedidas com a garotada trocando suas revistinhas. Era uma dobradinha muito lúdica: filme e historinha em quadrinho. Foi relembrando isto que o tal amigo, o senhor do primeiro parágrafo, contou de sua frustração de nunca ter tido material para troca na porta do cinema.
Fui comprando revistinha, mas nunca tive espírito de acumulador ou colecionador, exceto livro. E mesmo assim quando me aposentei eu os coloquei na calçada e foi uma festa e uma alegria ver o povo carregando a livraria e DVDs – só guardei alguns para levar para o asilo!!!
Era uma emoção passar na banca de revista e comprar as revistas Disney e outras. Lembro-me que havia uma em que trazia a história da Minnie sendo raptada por um cavaleiro medieval. Isto me despertou o interesse pela História. Esta motivação somada a outras fez eu cursar História.
Viera a fase dos super-heróis. E um dos preferidos era o Homem Aranha.
Das historinhas em quadrinho os personagens pularam para os filmes de Tv e destes para o cinema. Sempre que assisto filme desta natureza revisito a minha infância de gibis e Tv.
É claro que estes personagens trazem consigo toda uma ideologia política imperialista de dominação que mostra as potências capitalistas como salva guardadoras da paz e ordem. Mas esta criticidade a gente aprende depois de adulto. A criança quer apenas o prazer da leitura, fantasia e imaginação.
E foi por esta criticidade que o mercado editorial abriu espaço para os nossos gibis nacionais.
Mesmo assim, no último fim de semana fomos, eu e meu filho já adulto, ao cinema assistir a mais um filme de um dos super-heróis preferidos: O Homem Aranha. Foi uma tarde muito agradável.
Reviver a infância é muito bom, porque ser sério demais é “chato pacas” – aproveitando para dizer esta gíria que os hippies de minha infância diziam como um de seus mantras. Morou, bicho?
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 18/07/2017
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