EU E A SINUCA
Há uns bons 50 anos, em qualquer lugarejo,existia local onde se jogar. Hoje é raro. Dizia-se Casa de Bilhar. Mas dizem que há diferença entre bilhar e sinuca. Apostava-se geralmente cerveja, mas dinheiro também.
Quando a sede da AABB era em Guaiçara, havia uma mesa. Nele passávamos bons fins de semana nos divertindo. Próximo à agência do BB –hoje Biblioteca – havia uma com inúmeras mesas e funcionava a noite toda. O gerente Athanil sempre gritava comigo: vá buscar o fulano – funcionário graduado – que está jogando sinuca lá do bar. E não volte sem ele. Isso em pleno expediente.
Quando estava em Japurá, pequena cidade do Paraná, almoçávamos num restaurante misto de bar. Havia uma mesa de Sinuca ali. Após a refeição, sempre algum morador local me desafiava para uma jogada. Perdia sempre e pagava rodada de cerveja. Era mais espécie de relações públicas. Certo dia, levamos o inspetor que visitava a agência. Vendo aquilo, chamou-me num canto e advertiu-me. Não ficava bem gerente do BB ficar jogando sinuca num bar. E acabou com a festa.
Estou relembrando porque antigo colega lá do Acre, vindo a Lins na Semana da Cultura Japonesa, quer jogar algumas partidas de Sinuca, só para matar saudades dos velhos tempos.
Alguém saberia onde existe aqui alguma Casa de Sinuca?