O julgamento do macaco

O JULGAMENTO DO MACACO. (Reflexão)

Danilos

Na floresta a fauna vivia em harmonia até que um dia um bicho preguiça foi morto e dilacerado gerando indignação entre os animais. Precisavam encontrar o culpado e começaram a fazer suposições que ao final deixaram o macaco como suspeito. A hipótese foi se reforçando até que decidiram fazer um julgamento. Em uma tarde se reuniram e o conselho foi formado. Fizeram parte do júri a Sucuri, o Jacaré, o Lobo, o Falcão, a Águia, o Tatu e o Tamanduá. Representando o Ministério Florestal estava a Arara, para sua defesa o macaco contratou o papagaio e para presidir, foi consensual que seria o “Chora chuva de cara branca” por ser o juiz do mato . O macaco vendo o juléo formado por uma reunião de julescas ficou tão preocupado com o julgo que teve que tomar um juleco. A Arara começou a explanação lembrando ao júri que o macaco era um fora da lei que não respeitava o sossego alheio, era um xereta, bisbilhoteiro e muito atrevido e que tinha todo o perfil para ter atacado o bicho preguiça. O papagaio rapidamente provou a inocência de seu cliente mostrando ao júri que o ataque foi do outro lado do rio, que macaco não sabe nadar e que não existe ponte ou galho de arvore que alcançasse a outra margem e que por isso o macaco era inocente. Coube então aos jurados decidirem votando conforme suas observações e tirocínio. A Sucuri imaginou a cena dessa forma: o macaco nadou sim até a outra margem abraçou o bicho preguiça e foi apertando até matar e depois comeu. O Jacaré também entendeu que o macaco nadou até o outro lado e de surpresa atacou a vitima. Já o Lobo entendia que o macaco era ardiloso e endiabrado e que conseguira um meio de chegar a outra margem para saborear a presa. A Águia e o Falcão sabiam que era muito fácil voar e que o macaco embora não tivesse asas mas sendo muito ronhoso e sagaz conseguira ir por via aérea e atacar o bicho preguiça em um voo rasante. O Tatu e o Tamanduá acolheram os argumentos do papagaio. E assim por 5X2 o macaco foi condenado.