OS EQUÍVOCOS HUMANOS SÃO QUASE IMPERCEPTÍVEIS A ELES
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Quinta-Feira, 20 de Julho de 2017
Preciso acreditar que as coisas que ando raciocinando nesse presente são coisas só da minha cabeça. Coisas que não existem e nem acontecem com ninguém. Que seja pura elucubração isolada de alguém que já pode estar entrando num regime da senilidade, haja vista que já sou um sexagenário.
Mas ainda tenho a plena convicção de estar dentro das minhas racionalidades, e que tenho plena consciência do que faço, mas que ando sofrendo enormemente com a indiferença absurda que vejo nas pessoas ao derredor, porque já anda acontecendo muita coisa ruim nesse nosso cotidiano, que nos causa horror, mas que grande parte delas deixa transparecer que não as observam.
Um fato que tenho observado com muita frequência é a agressividade entre todos. Até mesmo na família já não se está observando harmonia entre seus componentes. No trabalho, a tal de competividade já está saindo dos eixos, bem como no cotidiano trivial, só se vê reações violentas entre quase todos.
No trânsito, por exemplo, é um dos lugares que mais se observam ações nocivas. Quase assassinas. Porque alguém já desenvolveu uma frase sobre quem dirige, dizendo: "o volante é um troféu sem valor". Mas parece que há pessoas que se pensam portentosas nessas circunstâncias. Daí fazem horrores em vias públicas, desrespeitando a tudo e a todos.
Por minha conta e risco, desenvolvi uma tese com relação à educação que começou a ser desenvolvida a partir da quebra do período que chamou-se "anos de chumbo', onde os pais das gerações acima dos cinquenta anos, criou e cria seus filhos num modo de liberdade total, quase libertinagem, baseando-se num fato capenga de dizer que eles, os pais, foram criados num período de muito rigor, daí tratando seus filhos como gostariam de serem tratados quando jovens, sem respeito à nada e nem ninguém.
É claro que me arrisco a ser considerado um doido por defender tal tese, mas não vejo nenhuma outra explicação para justificar e muito menos explicar o caos que alcançamos em nossas vidas, no que tange à educação familiar e respeito a tudo e a todos.
Também observo o seguinte: grande parte dos pais, quase a maioria deles, só vê os defeitos nos/dos filhos alheios, não nos deles. E isso quer dizer, possuírem uma cegueira conveniente, esquecendo que o regime e o sistema atual é de parâmetro único. Ou seja: todos os filhos que estão aí exercitam os mesmos modos, jeitos e maneiras, porque foram educados dentro de um mesmo padrão: o do desrespeito às regras básicas da sociedade. Eis a questão.
Para corroborar tal tese, reforço a ideia de que o nosso país é um dos que, nessa atualidade, possui um número de processos judiciais dos maiores no mundo, o que reflete o desrespeito da população às leis, bem como à própria sociedade. E, pelo jeito, esse número não cessará de crescer, doravante, por que a cada dia que passa, todos seguem sem reparar nesses atos infelizes que cometem e praticam.
E mesmo que tal assertiva possa ser considerada descabida por alguns, fica aqui a sugestão para que cada uma das pessoas nesse nosso cotidiano, passe a observar as ações das pessoas ao seu redor. Mas não esquecendo de reparar nas suas próprias.