Crônica da saudade.
Estou com saudades da sua voz, da sua face com mil encantos, do brilho reluzente do seu olhar, do sorriso intenso, da risada macia, de seus longos cabelos negros.
Estou com saudades das nossas conversas até as altas horas da madrugada, com saudade de ouvir suas histórias, as desventuras e aventuras de sua mocidade tão vibrante.
Estou com saudade de você, como nunca antes eu tive, meu coração se inquieta dentro do peito, batendo um pouco mais descompassado, fora de ritmo, parecendo querer falar, na verdade reclamar a sua doce presença.
Estou com saudades do meu anjo ledo, de confidenciar-lhe meus segredos, de contar-lhe do quanto a amo, de como és belíssima, de como reluz o seu olhar mais que todas as estrelas do céu.
Estou com saudades dos movimentos de teus lábios, da sonoridade angelical da tua voz. Enfim, estou com muita saudades de ti, e não sei como a explicar com palavras. És mais bela que Afrodite, a própria beleza tem inveja de sua formosura, o Olimpo se curva perante você.
Mas sou apenas este poeta solitário, esquecido entre um verso e outro, entre poemas jogados ao vento, mas eu ainda te amo, com toda a força do meu coração.
Talvez o amor não seja assim tão complexo. A existência de duas almas que se amam, mas que não podem ficar juntas, eu que pensava que o amor era simples, pois bem; ele é muito mais que complexo, talvez a pior das equações.
Hoje é esse dia esquisito, cheio sensações e sentimentos conflituosos, coisas confusas no coração e na alma. Lembrei-me tanto de ti, que já não aguentando-me de saudades, retirei-me ao refúgio secreto. Sempre quando as recordações me assaltam o centro das emoções, então me escondo, de mim mesmo eu um quarto escuro.
Estou com saudades de você, do seu perfume, do seu cabelo liso, do seu jeito desconfiado de me olhar, de suas broncas, de tudo que venha de você.
Estou com saudades das vezes que, ansiosa esperava pelos meus poemas, de quando os lia apaixonadamente disfarçada, e mesmo não admitindo nada, o teu olhar falava comigo do seu imenso amor. Mas o tempo passou, as coisas mudaram, eu já não sei o que eu sou. Os meus solitários versos clamam por socorro, clamam pelo resplendor de seus olhos, meus versos, querem ouvir novamente a batida forte do teu coração.
Estou com saudades, mas somos como o sol e a lua, distantes e visíveis no mesmo céu, percorrendo o mesmo espaço sem se encontrarem. O amor é um sonho, o meu amor por você é um sonho de ébrio. Talvez eu esteja totalmente louco, mas ouvi dizer que os poetas são todos loucos, sem exceções, sendo assim, prefiro manter a regra, e ser este louco de amor que neste momento está morrendo de saudades, e realmente; eu não sei como expressá-la..
Eu, poeta louco, de amor incontrolável, com o pensamento descontrolado, na imaginação de tão doces lábios, talvez um beijo seu, um único beijo de amor no reino dos sonhos e tudo estará bem novamente. Hoje, é um dia qualquer, eu, sou também alguém qualquer, e o que escrevo, também e alguma coisa qualquer sem Valor, o que importa mesmo no final das contas, foi o quanto te amei, e ainda vou amar.
Afinam… Estou com muitas saudades de ti.