Mão à Palmatória

Num comentário "não-autenticado", um hermano que se autitulou de Williams, estranhou que eu não tivesse feito nenhuma referência ao centenário do saudoso jornalista, comentarista, cronista, técnico de futebol e Combatente da Liberdade e Socialismo, João Saldanha, o Joaõ Sem Medo, como apelidou Nelson Rodrigues.

Em primeiro lugar, dou a mão à palmatória, realmente passei batido. Foi uma falta grave. Mais que isso, foi um penallti cívico.Saldanha fi um dos grandes personagens da nosa história recente, foi comentarista notável, talentoso cronista, grande técnico de futebol do Botafogo, no tempo de Didi, Garrincha, Nilton Santos, Quarentinha, Amarildo, Manga... , e foi o técnico da Seleção de 70 que recrutou a nossa melhor seleção, cujos jogadores eram apelidados de "As Feras de Saldanha". Depois foi derrubado porque ousou ytrombar com o dtador Medici que queria meter o bedelho na seleçãoa e usá-la para promover a ditadura. Então dissolveram toda a comissão técnica para tirar Saldanha, este ainda fez auma gozação ferina: - Quem dissolve é sorvete. Ele era um crítico ferrenho do futebol brasileiro abri mão de suas características para imitar o futebol europeu. Era contra o sitema de concentrações longas, dizia: - Se concentração ganhasse jogo, o tome da penitenciária anão perdia um". Mas além disso foi um grande defensor dos oprimidos, tinha idéias, ideologia, não abria mão de sua convicções. Só era temperamental, pavio curto, brigão. Certa feita deu uma carreira no goleiro Manga (para mim o melhor goleio do Brasil em todos os tempos) de revólver na mão. Saldanha merecia uma grande homenagem de todo o Brasil.

No mais, em segundo lugar, acho que o leitor que assinou como sendo Williams é alguém que devo conhecer muito porque sabe que sou torcedor do Botafogo, fã de Saldanha e... sabe ainda que algumas pessoas me chamam de Williams, porque meu nome de batismo é William e me chamavam com um s a mais fazendo gozação com a brilhantina que tinha esse nome. Fica quite a reclamção. Valeu, Saldanha, o Joaõ Sem Medo que peitou até a ditadura militar. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 11/07/2017
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