Os Escritores... fama para quem tem.
Por um momento podemos nos deixar seduzir pela ideia romântica de que quem escreve o faz por um dom. Nada disto! O ato de escrever é uma forma de externarmos aquilo que aflige nosso íntimo. Procede muito mais de nossos questionamentos, angústias, observações, alegrias e fruições que de inspirações místicas. Escrever é um ato de resistência para sobrevivermos. É um chamamento do desenvolvimento de habilidades e competências adquiridas pelo exercício da escrita.
Sobreviver da escrita em um país que mal valoriza o capital intelectual é um desafio, para não dizer que é coisa impossível. Mesmo os escritores “ESCRITORES” tiveram uma primeira profissão que lhes garantiam o pão e o investimento para novas publicações de suas obras. A literatura brasileira é cheia de exemplos daqueles que se consagraram nas Letras , mas tinham outras atividades como profissões paralelas: Guimarães Rosa: médico e diplomata; Vinicius de Moraes: jornalista e dipolmata; Carlos Drummond de Andrada: funcionário público; e Lígia Fagundes Telles: Jurista e educadora física.
Fazendo exceção a esta regra sobressai o caso de Hilda Hilst como tendo a vida voltada para a escrita. Criou para si um retiro: a Casa do Sol. Dedicava-se exclusivamente à Literatura como leitora e escritora. Como leitora buscava respostas para suas angústias: a Morte e a Loucura. Como escritora produzia suas fruições: poesia, crônica, teatro. Desejava o reconhecimento em vida como mulher das letras. Mas morreu com esta frustração, pois o que escrevia estava além do comum. Hoje seu retiro “Casa do Sol” serve como centro de pesquisa para aqueles que querem melhor conhecê-la e sentirem-se inspirados com o lugar: é o Instituto Hilda Hilst.
Outro caso se destaca na literatura brasileira: Carolina Maria de Jesus. Na infância teve a educação básica aprendendo ler e escrever. Isto lhe bastou para continuar no mundo da leitura e na produção de seus escritos. Era catadora de lixo. Guardava cadernos que encontrava no lixão e a noite relatava o seu cotidiano. Fora descoberta por um jornalista que lhe incentivou a publicar o seu “Quarto de Despejo: Diário de uma favelada”.
Diferente é onde o capital intelectual é valorizado. O livro torna-se um bem de consumo e o escritor uma marca de bem de produto. Consagrando-se ele possui até “ghost writer”, escritores fantasmas , escritores que produzem para um já consagrado e que tem nome, marca, etiqueta.
Este mundo da escrita, produção e edição em países desenvolvidos foi muito bem exemplificado no livro “O Romance” de James A. Michener em que o autor demarca muito bem o trabalho envolvido por cada profissional do mundo editorial.
E aqui estamos nós vestindo esta fantasia que o recanto das letras nos proporciona: escrevendo o nosso dia a dia em crônicas, poetando nossas emoções e procurando uma melhor escrita nos expondo e nos sociabilizando neste mundo pós-moderno.
Por um momento podemos nos deixar seduzir pela ideia romântica de que quem escreve o faz por um dom. Nada disto! O ato de escrever é uma forma de externarmos aquilo que aflige nosso íntimo. Procede muito mais de nossos questionamentos, angústias, observações, alegrias e fruições que de inspirações místicas. Escrever é um ato de resistência para sobrevivermos. É um chamamento do desenvolvimento de habilidades e competências adquiridas pelo exercício da escrita.
Sobreviver da escrita em um país que mal valoriza o capital intelectual é um desafio, para não dizer que é coisa impossível. Mesmo os escritores “ESCRITORES” tiveram uma primeira profissão que lhes garantiam o pão e o investimento para novas publicações de suas obras. A literatura brasileira é cheia de exemplos daqueles que se consagraram nas Letras , mas tinham outras atividades como profissões paralelas: Guimarães Rosa: médico e diplomata; Vinicius de Moraes: jornalista e dipolmata; Carlos Drummond de Andrada: funcionário público; e Lígia Fagundes Telles: Jurista e educadora física.
Fazendo exceção a esta regra sobressai o caso de Hilda Hilst como tendo a vida voltada para a escrita. Criou para si um retiro: a Casa do Sol. Dedicava-se exclusivamente à Literatura como leitora e escritora. Como leitora buscava respostas para suas angústias: a Morte e a Loucura. Como escritora produzia suas fruições: poesia, crônica, teatro. Desejava o reconhecimento em vida como mulher das letras. Mas morreu com esta frustração, pois o que escrevia estava além do comum. Hoje seu retiro “Casa do Sol” serve como centro de pesquisa para aqueles que querem melhor conhecê-la e sentirem-se inspirados com o lugar: é o Instituto Hilda Hilst.
Outro caso se destaca na literatura brasileira: Carolina Maria de Jesus. Na infância teve a educação básica aprendendo ler e escrever. Isto lhe bastou para continuar no mundo da leitura e na produção de seus escritos. Era catadora de lixo. Guardava cadernos que encontrava no lixão e a noite relatava o seu cotidiano. Fora descoberta por um jornalista que lhe incentivou a publicar o seu “Quarto de Despejo: Diário de uma favelada”.
Diferente é onde o capital intelectual é valorizado. O livro torna-se um bem de consumo e o escritor uma marca de bem de produto. Consagrando-se ele possui até “ghost writer”, escritores fantasmas , escritores que produzem para um já consagrado e que tem nome, marca, etiqueta.
Este mundo da escrita, produção e edição em países desenvolvidos foi muito bem exemplificado no livro “O Romance” de James A. Michener em que o autor demarca muito bem o trabalho envolvido por cada profissional do mundo editorial.
E aqui estamos nós vestindo esta fantasia que o recanto das letras nos proporciona: escrevendo o nosso dia a dia em crônicas, poetando nossas emoções e procurando uma melhor escrita nos expondo e nos sociabilizando neste mundo pós-moderno.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 04/07/2017
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