Teorias do pensamento.

    Vivemos em um mundo de constante mudanças, onde tudo se transforma e deforma dependendo do caso. Vivemos em um mundo maluco para os antigos e completamente normal para os mais jovens. Ou seria diferente. Afinal em que mundo nós vivemos?

     A mudança às vezes tão discretas e imperceptíveis, sequer percebemos. Outras

por sua vez, são gritantes e impossíveis de não serem notadas. Afinal vivemos em um mundo nos surpreendendo a cada dia. Nada é totalmente novo, em questão de minutos já será ultrapassado. Os jovens são o alvo dessa mudança, eles são a força motriz que move esta máquina chamada mudanças. Os.jovens são espetacularmente incríveis, e terrivelmente ameaçadores. Cheio de amores, cheio de medos, de incertezas, e de convicções.

         Nosso mundo já não é o mesmo, que digam os anciões, esquecidos em bancos de praças, jogando migalhas aos pombos. Suas experiências de vida não cabe a este novo mundo. Que vale pena lembrar. Foi construído pelas suas enrugadas mãos.

          Quero apenas lembrá-los. As pessoas mudaram, mas o mundo continua do mesmo jeito desde a criação. Mas o que move o mundo? Talvez o próprio medo, afinal, todos têm um medo, criamos um fantasma na alma que se alimenta dos nossos medos, nos atormentando ao seu bel prazer. Somos levados a construir muralhas de papel ao redor de nossos corações na intenção de protegê-lo, tudo por causa do medo, mas somos fracos e não queremos arriscar construir uma muralha de pedra. Quando nossa muralha de papel cai, entramos em desespero, nos fechamos em nós mesmos, em nosso universo paralelo, por puro medo. Achamos que com essa atitude tudo será resolvido.

Não foi só uma muralha de papel que este cronista construiu, foi uma cidade inteira no coração, e não foi só um fantasma na alma, foram inúmeros os que me atormentavam a um medo extremado. Quando minha cidade de papel foi devorada pelas chamas da incerteza, meu desespero ultrapassou todos os limites. Sou o que sou por cultivar meus próprios medos, sorrindo sem alegria e chorando sem ter lágrimas. O medo move o mundo e a alma dos homens a mudanças drásticas?

     Mas o meu desejo nesta vida, e talvez o desejo de todos, é amar sem medidas, sem reservas, tudo e a todos, vencer o medo e amar desmedidamente. Mas este meu pensamento poético torna-se quase um mito para não dizer que é impossível e extremamente difícil. Certa vez li algo sobre Van Gogh que dizia o seguinte sobre o amor, era os três conceitos dele sobre o amor.

1-    Não amar e não ser amado.

2-    Amar e não ser amado.

3-    Amar e ser amado.

     A maioria das pessoas enquadra-se no segundo ponto. Mas… Para ser sincero não entendo as regras do amor nas nossas vidas. Talvez eu esteja preso em um tempo que não exista mais. Pergunto-me o motivo que nos faz amar tanto mesmo sabendo que não seremos amados e nem compreendidos, e, o motivo de termos tanto medo, muitas das vezes sem fundamento. O que somos afinal, meros poetas loucos. Espero um dia compreender esse mistério que é o amor que é amar e o mistério do medo.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 07/07/2017
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