Um grande amor e a estrada
(homenagem)

 
Meu amor, me perdoa.
02.07.17 madrugada de domingo- RJ
 



Dia infinitamente triste, marcante,
daqueles que vai rasgando, ferindo fundo a alma,
seria só triste, se não fosse tão real e trágico,
Dessas dores que somente as lágrimas não alivía.

 
 
Era o amor mais lindo desse mundo, daqueles de tirar o fôlego,
tirar o sono, amor de projetos que aos poucos ia colocando
cada plano no seu devido lugar.
Quando o amor toma conta da alma, parecemos um deus,
querendo da vida cada passo, ditar. Era um amor real,
sem conto de fadas, de pessoas maduras,
com os pés fincados no chão, amor de muita parceria,
muita alegria e cumplicidade.

Chegaram a pensar que haviam alcançado o paraíso em vida,
quando descobriram que seria possível sim...
Juntos, enfrentariam o absurdo, quebrariam regras, tabus,
ficariam juntos para sempre.
O encontro traçado, daqui a poucas horas iria acontecer,
dessa vez nenhum dos dois precisaria retornar à sua cidade,
Eles iriam morar juntos, enfim.
Foi tanta emoção, tanta euforia, de repente...
Numa árvore qualquer,
o sonho quase concretizado, de viverem felizes, findou,
o acidente foi fatal, o seu amor morreu, sem o The and triunfal.

O chão faltou, o céu dele escureceu, naquele instante
não morreu só um no asfalto, se um à espera, sobreviveu,
Nunca mais
Ele, esquecerá o dia em que o seu mundo desabou.
Tantos abraços de sua amada, ele desejou e foi a vida, 
que em sua dor, o abraçou.
A cruel realidade, bruscamente, um quadro diferente apresentou.
A sua flor que enfeitava os seus dias,
Aquela que alegrava o seu jardim,
Para sempre para o infinito voou, sem poder dar o seu adeus.

Em cada sorriso esconde-se verdades não ditas.
Todo grande amor
É proibido de ser vivido, aparta-se,
deixa o outro sem rumo certo, totalmente desolado, perdido.
Por um instante
Ele ainda imaginou ouvir a sua amada  dizendo;
_ Meu amor me perdoa
por eu não poder realizar os nossos sonhos de amor.
Ele por sua vez respondeu...
_ Nunca mais eu serei o mesmo sem você.
Assim sendo, encerra-se tristemente, mais uma história de amor,
Dessas que nenhuma poesia, nenhum poeta conseguiria decifrar,
Só quem conheceu um dia o amor conseguiria compreender
o que é estar bem perto de vivê-lo  e de repente para sempre
perdê-lo  no triste fim de um amor na estrada.
E agora o que fazer com o resto dos meus dias,
que eu queria e planejei passar com você?
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 06/07/2017
Reeditado em 08/07/2017
Código do texto: T6046898
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