MAIOR MICO
No curso de oratória que o Dr. Toshio Arimori e a ALL organizaram, cada aluno teve como tarefa falar perante à classe sobre o maior mico de sua vida. Na ocasião, usei o meu tempo para falar a respeito do CVV – Centro de Valorização da Vida – que o também participante, LUIZ CARNEIRO, estava com o objetivo de trazer para Lins.
Um pouco tardio, aqui vai o meu relato.
Vivia há três anos com a primeira mulher. Morávamos na capital, no Brás, próximo à Cooperativa Sul-Brasil, onde ela trabalhava. O meu local era no Conjunto Nacional, na Paulista, numa editora de revistas para as empresas –Houseorgan-.
No meu aniversário, acordei cedo, esperançoso de ganhar forte abraço e beijinhos da mulher e café caprichado. Mas nada disso aconteceu. Ela estava de mau humor e saiu para o trabalho sem sequer se despedir. Fiquei um tanto decepcionado. Mas que fazer? Coisas da vida.
Trabalhava na mesma sala, moça simpática , até bonita. Recebeu-me toda sorriso, deu-me forte abraço, beijinhos. Ganhei o dia, pensei. O astral e mais uma coisa foram para alto. Durante o expediente, olhava para ela e ela sorria e mandava beijinhos. –É hoje. Já imaginava cenas homéricas e eróticas. Faltando pouco para o término do expediente, aproximou-se e perguntou se não queria jantar com ela, no apartamento. Claro que aceitei. Ela morava no próprio Conjunto Nacional, na ala das moradias. Chegando ao apartamento, pediu-me que esperasse na sala. Ela chamaria assim que estivesse pronta. Passados alguns minutos, ouço: -Entre. O quarto estava escuro. De repente a luz se acendeu e gritaram: -SURPRESA. Lá estava a mulher e inúmeras amigas. Mais SURPRESA ficaram elas. Esperado noitada amorosa, estava eu lá PELADÂO... Só voltei para casa para apanhar minhas coisas. Sequer me despedi...