O amor é lindo

Se dependesse de minha vontade - palavra de honra - , não escreveria sobre problemas políticos. Não é, acreditem, a minha praia. Não nego as minhas idéias e nem a minha ideologia, não sou um trânsfuga. No entanto, não tenho alma, saco, vocação. disposição para a militância política. Repito, se dependesse de minha vontade não escreveria sobre temas políticos, mas sobre o que realmente gosto: os causos do interior, os assuntos engraçados, o cotidiano e, claro, o amor. Este último o meu fraco (ou sria forte?). Sou romântico paca.

Agora mesmo, depois que acordei, lliguei na Rádio Nova Brasil e tocou uma musica de Zeca Baleiro que gosto muito, não sei o nome, que diz num verso: "Eu hoje estou tõ à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar", e meus olhos maejaram. É, é algo natural em mim, choro até assistindo a novelas. Sempre estou meio à flor da pele, necessitando do romantismo para equilibrar os nervos. Vou confessar algo: o exercício do romantismo faz até cessar crises de asma. Disse isso a um amigo de velhos carnavais e ele riu muio, não acreditou. Mas é verdade. Quando estou jururur ou com asma, nervoso, tremendo por causa dos remédios, boto a musica Al di la e, imediatamente, fico novinho em folha. E se reassisto ao filme "Candelabro Italiano" nem me lembro de asma, nem de crise e nem de problema nenhum. Fico leve, alegre, em estado de graça. Quando diigo isso aos amigos esquerdistas eles reprovam e dizem que sou um véio ridículo.

Sim, eu sei que há pessoas que podem achar que estou exagerando, isso porque lembram que arengo muito escrevendo ou falando sobre política. É verdade, sou radical na política, faço isso conscientemente porque é a minha porção combatente da liberdade, mas é cumprindo um imperaivo de consciência e nunca por opção própria. O que gosto mesmo, juro, é de escrever sobre temas leves e, principalmente, sobre o amor.

Agora vou ouvir a musica "O Último Romântico", em italiano e depois outras no mesmo estilo. O amor é lindo. Inté.