Alguns perdidos parágrafos que achei atrás do sofá da sala

Poderia escrever de modo coerente sobre política e humanidade; aproveitando o momento e, quem sabe, colocar para fora toda minha indignação (...). No entanto, paradoxalmente ou não, resolvi contrariar o tópico frasal dos parágrafos que seguem...

Ainda bem que são folhas, pior seria se fossem estilhaços de bomba. Para que servem as faixas, se não as utilizamos? Os jardins têm vida e morte – e toda árvore oferece sua sombra a quem precisa. Para que servem as gravatas nas gaivotas? Olhai os lixos nos campos, nos cantos; ninguém liga, ninguém sabe, ninguém viu. Bitucas descartadas nas ruas são o mau hálito das cidades.

O perfume, também é uma forma de mensagem. Deixe-nos amar sem que recebamos necessariamente o amor desejado – é como um organismo que cria anticorpos. É tão bom falar de amor sem apelar para o desespero. Elas, dizem que é lindo; enquanto eles, dizem ser legal; eles, estão prontos; enquanto elas, na dúvida. E tudo virará vice-versa. Sim, a vida cria conflitos de interesse – é como empresa e mercado. E por falar em mercado, o cliente não é mais o rei, ele evoluiu; passou a ser o centro do metaverso.

Não basta transmitir conhecimento; se nem todos sabem tudo – é necessário formar capacidade intelectual e pensamento crítico. Nasceu pobre, ainda é pobre, e assim vai ficar (...)? Nem a direita endireita, nem esquerda volver; nem liberal, nem radical?, se depois do poder os outros continuam como os outros. Agronegócio, tech, pop ou, agricultura de herdeiros?! A mídia, às vezes, achata a realidade. Por onde andam os burgueses? Aqui, só ficaram os mascarados burgueses. Pobres burgueses. Podres coitados burgueses.

Tensões e acomodações andam de mãos dadas. Há coisas que se perdem pelo caminho - deixadas são anuladas; resgatá-las, têm seu risco. O ímpeto, é como um artefato criado pelo homem, ou veio com a vida? Envelhecer com saúde tem a ver com as decisões que tomamos na vida? Que tal dormir entre sete e nove horas por dia?! Não é só saber ler; mas ter a pratica efetiva – ler para dialogar com a imaginação, com o mundo - estimular as células; para que essas substituam a função daquelas que morrem.

Nunca é tarde para voltar à escola ( da vida ); e nunca é tarde para exercitar o corpo.

Como disse um poeta: - “O tempo, é um velho impostor”.

Diálogo
Enviado por Diálogo em 04/07/2017
Reeditado em 11/08/2022
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