QUANDO A MEMÓRIA FALHA

Com os passar dos anos, haja anos, lembrar dos nomes dos amigos é problema delicado. É, claro, das palavras também. Muitas vezes, sabemos o que expressar, mas elas fogem. E ficamos matutando. Num repente, ela surge, quase do nada.

Para os nomes adoto o subterfúgio : trato, indistintamente, seja homem ou mulher, de: meu bem, meu querido, meu amor... E tem dado certo.

Outro dia, num encontro onde apareceram muitos velhos amigos, simpática senhora veio me cumprimentar. Sabia quem era, não o nome. Apelei para o meu golpe. Ela olhando-me bem nos olhos, em alto tom: -Quero que me chame pelo nome, ante às gargalhadas dos circundantes. Como já escrevi a respeito , ela devia saber do meu quase segredo.

A memória faz-me passar perrengues –situação delicada –como essa.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 04/07/2017
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