QUANDO A MEMÓRIA FALHA
Com os passar dos anos, haja anos, lembrar dos nomes dos amigos é problema delicado. É, claro, das palavras também. Muitas vezes, sabemos o que expressar, mas elas fogem. E ficamos matutando. Num repente, ela surge, quase do nada.
Para os nomes adoto o subterfúgio : trato, indistintamente, seja homem ou mulher, de: meu bem, meu querido, meu amor... E tem dado certo.
Outro dia, num encontro onde apareceram muitos velhos amigos, simpática senhora veio me cumprimentar. Sabia quem era, não o nome. Apelei para o meu golpe. Ela olhando-me bem nos olhos, em alto tom: -Quero que me chame pelo nome, ante às gargalhadas dos circundantes. Como já escrevi a respeito , ela devia saber do meu quase segredo.
A memória faz-me passar perrengues –situação delicada –como essa.