Politização da Justiça
Em todo país sério, a Justiça é apolítica. Completamente apolítica. Radicalmente apolítica. A Justiça nunca é comensal dos politicos, nem íntima. A Justiça preserva sua autoridade e imparcialidade quando se mantém distante dos embates políticos. Mais: nesses países sérios, repito, a Justiça não vive falando pelos cotovelos. Ela evita se expor aos holofotes , câmeras e microfones da mídia. Não sentem os jupizes e ministros dos tribunais essa compulsão absurda de palpitar na mídia.
No Brasil é diferente: os juízes falam mais que os políticos. São atores diários de palpites nas tevês. Não passam sem palpitar. Detalhe: e sempre com um viés político. Outro detalhe: alguns são comensais costumeiros de eventos de certos políticos e de auoridades de outros poderes. Essa atividade social intensaesob qualquer pretexto, na maioria das vezes com pretexto secreto, gera uma certa promiscuidade. Resultado: a Justiça vira parte integrante dasdisputas políticas, deixando de ser JUstiça de verdade. É claro que esses atores sãominoria, mas influem junto a maioria. Vira mania, cultura, compulsão, vicio.
Um politico francês disse certa feita, com muita propriedade: "Qando a política penetra nos tribunais, a justiça seretira por alguma porta".Parce que a frase foi de umantigo presidente francês.
Do jeito que está a Justiça brasileira fica difícil acreditar na sua isenção, ela surpreende pelo inuitado, pelo njustificável, pelo atendimento das expectativas de políticos queestão sub judice. A Justiça está virando politica. E mais que política, está querendo ser tambem legislativo e executivo. Nada como lembrar Rui Barbosa: "A pior ditadura é a do judiciário. Contra ela não há a quem recorrer".
A justiça hoje naoé fator de estabilidade no Brasil, ela está fazendo política na medida que interfere negativamente na vida política cotrariando as expectativas do povo. Inté.