Nada de Madre ou de Mulher Maravilha
Vou escrever nada. Sempre desejo, mas não mais consigo.
Não quero preencher nenhum vazio. Nem arranhar a louça que abandonei pelo merecimento da loucura. Não do reconhecimento
Quem sabe antes de morrer conseguirei escrever algo bonito feito veterinárias poetisas como Ana Marques
Quem sabe...
Enquanto não, nem imagino por onde anda Ana Toledo
Artista plástica que me dava conselhos formais e instrutivos. Hoje pensei nela por conta da comida vegetariana.
Ontem passei a tarde pensando em meu irmão esquizofrênico.
Eu que o amo e discordo do resto que o deseja separar de minha mãe.
Que penso eu com minha sabedoria despedaçada? Devaneiam eles. Penso que bem ou mal um cuida do outro, e que a infelicidade dela sem ele seria imensurável. Mother nunca foi doce, mas merece compaixão e cuidado.
Já eu...
Mereço o que tenho tido nestes dias de amor e mimos. Ontem vi até a Mulher Maravilha no cinema. Tenho passado minhas manhãs fazendo o bem ao próximo. É como me sinto. Finalmente estou em uma função que combina com o meu silêncio social. Gosto disto. Gosto de não ter que muito conversar e ainda assim estar fazendo o bem sem olhar a quem. Mas na verdade olho. Com meu olhar comum, tão diferente dos das madres superioras. Com minha cara de quem já morreu a muitos anos atrás mas mantém os olhos acesos e desconfiados. Essa sou eu Maria Luiza.