Um breve devaneio sobre a Paixão

Um breve devaneio sobre a Paixão

Um dia desses,estava a conversar com um amigo sobre o apaixonar-se e, principalmente sobre sua correta definição,não que julgamos ou julgássemos sermos catedráticos no tema, mas sim por ter tido o privilégio de já ter passados por seus corredores e sentido em toda a sua intensidade sua ação.

Podemos quantificar e qualificar o sentimento oriundo dessa paixão em várias formas e fases:

1- A Paixão cega:

Quando conhecemos alguém e por este alguém começamos a enviar e declinar tudo quanto temos ao nível do emocional e quando esse tudo é tudo mesmo, não há como a cegueira é um processo certo e, embora se tratando de um sentimento sua ação é concreta. Não adianta o apaixonado vê a pessoa a quem é direcionado o sentimento com os olhos do apaixonado. A mulher bonita fica com o sujeito feio de dar dó. Não há diferença racial,cor,ou social. As pessoas são capazes dos atos mais esdrúxulos ,os quais quando passa o “porre” da paixão ela se pergunta se foi ela mesma que fez aquilo.

2-A Paixão possessiva:

A pessoa em sua ação dominadora quer ser e ter todos os órgãos sensoriais do outro. Tudo o que o outro faz, ele quer saber , e pior ter o domínio absoluto. E quando o outro fala baixinho com outra pessoa e se principalmente há aqueles sorrisos tímidos, o apaixonado logo acha que está sendo feito ali uma trama cruel e mortal contra seus sentimentos e ataca como se fosse um predador famigerado.

3-A Paixão light:

A pessoa embora esteja com um todas as duas acima citadas,mas faz-se tranqüilo,dando a idéia de uma segurança imensa ,mas basta uma atitude diferente ele sai de sua aparentemente normalidade e volta-se ferozmente contra o outro. Quando tem oportunidade vasculha tudo o que o outro tem:celular,agenda,MSN..Qualquer coisa que possa dar lhe uma pista do que o outro possa estar fazendo.

O Amor

Mas onde fica o amor nessa história toda? Onde está ele,se a paixão domina a maioria dos sentimentos.

Alguém uma certa feita disse que a paixão seria uma artimanha da natureza para a perpetuação da espécie. Que na verdade o que entram em ação são os feromônios, Sim hormônios que servem para atrair o outro,disse este alguém que cada espécie tem seus feromônios e quando identificado e compatibilizado a atração ,a união seria certa cuja finalidade seria a procriação. E esta pessoa disse ainda mais, um fato que corrobora essa versão ,basta observar que depois que vem os filhos a paixão diminui sensivelmente.

Mas voltemos o amor. O amor é algo fantástico pois consegue sobreviver a quase tudo, pois mesmo entre os casais que discutem muito e sem razões materiais ou convencionais continuam juntos,só pode ser o amor,pois ele a tudo perdoa .

Mas deixando todas essas teses de porta de porta de buteco,não tem como não sentir essa coisa que pode se chamar de paixão, amor e que nos renova; Faz o velho virar menino,o bruto tornar se cavalheiro e até enviar flores,faz a gente sentar no chão recitar versos,cantarolar,perder a tenção,nos faz gente,e gente de boa espécie. Isto é muito bom, e somente quem não passou pelas mãos da paixão de uma coisa pode estar certa ...NÃO VIVEU. Se sofreu foi por uma causa que lhe fez crescer,acordou para a vida, sim para a vida de fato... Se errou , não foi erro foi um doce e belo escorregão pelos corredores onde pessoas vestida efandonhamente de chapéu e cartola com suas regras e etiquetas que não contribuem muito para o bem viver.

Quem não gostaria de se apaixonar,ficar roxo de ciúmes ,sofrer e novamente apaixonar-se novo num ciclo continuo e com certeza,vai deixar esse legado para essa espécie humana ,imagem e semelhança de Deus, esse Deus de puro amor e justiça...

Gilmar,manhã do dia 12/08/08