Crônicas da vida: Quem quer trair sempre vai arrumar um jeito
Vamos, então, filosofar sobre relacionamentos: sobre amor e sexo, sobre prazer, desejos e paixão, sobre os affair da vida, sobre fantasias e sobre fetiches. Sobre as aventuras dessa vida, sobre o cálice da traição. Sobre beber, sobre provar, sobre ser cúmplice, sobre os amantes.
Então, vamos lá...
Quem quer trair sempre vai arrumar um jeito.
Uma lição muito importante: se uma pessoa casada estar disposta a ter um relacionamento (extra-conjugal) fora do casamento, não importa com quem, ela vai dar um jeito de consumar o fato. Se ela não conseguir com aquele que tanto deseja, quem falha na tentativa é ela, não o provável affair (amante).
Sabe aquela história, que muitos acham até brega, do Pequeno Príncipe de Exupéry: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”? É mais ou menos isso...
Imagino ser mais fácil com a inversão de papéis, uma mulher casada seduzindo um homem (na maioria das vezes, solteiro), bicho este que que normalmente não é lá muito famoso por resistir às tentações encontradas pelo caminho.
Vamos conversar sobre quem quer fazer o que e com quem em uma piscina de paradoxo, quem é a caça e quem é o caçador: ao mesmo tempo em que acredito que relacionamentos baseados na monogamia e fidelidade são ortodoxos na sociedade atualmente, se é para construir um namoro ou casamento em tais parâmetros, eu jamais teria coragem de mentir ou enganar meu cônjuge e traí-lo para transar com outrem. Ou se faz as coisas direito ou não faz! Se é para transar com outro, que seja para o direito de todos. Sem amarras. Se não é pra não transar com ninguém, que todos sejam fiéis. Jogo limpo, sempre.
Isso, embora a monogamia não ser regra principal na sociedade do séc. XXl. Dizem que ainda há alguns casais que permanecem invictos juntos no mundo de hoje em meio a tanta informação, tantos assédios. Mas, será mesmo? Não sei dizer, nem posso afirmar com plena convicção pois só quem pode afirmar algo sobre alguém é a própria pessoa.
Toda via, uma pessoa traída em uma situação delicada dessas, tende a ser agressiva pois normalmente (e erroneamente) direciona seus sentimentos negativos à amante. Por esta ser uma situação que destrói e lacera seu coração, muitas vezes ela sequer tem coragem de direcionar seu ódio à pessoa que tanto ama.
Então, a questão que se faz é a seguinte: Qual é o lance de ser o (a) amante?... Sensação de prazer e perigo?; desejos incontidos e incontroláveis?; tara sexual pela pessoa com quem quer consumar a relação?; fantasias e aventuras?; e um pouco de medo e prazer, ao mesmo tempo em que se intensiona fazer algo 'proibido'; mas, acima de tudo a vontade quase que incontrolável de doar seu corpo ao prazer e deleite da outra pessoa - do seu affair. Sentir o calor intenso do corpo do (a) amante tocar o seu, sensação de intenso prazer e ecstasy? saciar sua fome de prazer por quem te fascinou e te causou um frissor em tua mente em fazer sexo ou fazer amor com o amante (ou, a amante). Lembrando que, fazer sexo é diferente de fazer amor, são sensações e desejos muito diferentes.
Muitas das vezes, a pessoa que quer trair é a mulher que visa um alvo - provável amante, geralmente ele é sempre mais novo que ela. Mas nem sempre, pode acontecer que não. As diferenças de idades variam. Até porque o amor não ver idade nem nobreza, é tentação. Desejo.
No entanto, em alguns casos a pessoa que quer trair tem dificuldade em saber se portar com discrição, talvez, até, nunca traiu antes, visto que a pessoa que quer trair deixa muitas pegadas no chão para o cônjuge poder descobrir a relação "free lance" com o seu affair.
É quando a pessoa que quer trair sentiu muito mais que uma intensa vontade de tirar, que ultrapassou um simples encontro casual onde ela não consegue controlar mais a vontade de ter o (a) amante, é onde pode morar o perigo: ela (a pessoa) se apaixona pelo (a) amante. Percebendo isso, o affair pode até ficar receoso e se esquivar das investidas da amante. Não por não gostar mais da pessoa, ou por não deseja-la mas pela falta de discrição também.
Ou seja, um dos dois tem que por um limite na relação ou mesmo, por um fim, se preciso for.
Uma mulher apaixonada pelo amante ou affair pode fazer do momento prazeroso um momento de tensão e perigo. Ela vai deixar muitas pétalas pelo caminho até onde estará o altar dos affair. É onde pode morar o perigo, dessa forma se queres fazer uma coisa que seja bem feito, caso contrário melhor nem tentar. Ou então, repensar melhor sobre as consequências dessa relação "proibida."
Se queres amar que seja amor de verdade, que não hajam correntes que possam aprisionar ninguém. Sendo que o amor é e sempre será livre, é suave, e intenso, o amor é para ser vivido. O amor é cúmplice dele mesmo. O amor é para o deleite de todos os mortais, para os que se atrevem a vive-lo intensamente.