Ricardo nos leva à Finlândia
Cansados de escutar "somente a educação dá jeito ao Brasil", concluímos: Uma coisa é o discurso, outra, a prática... Há injustiças, violências, crimes, péssimas escolhas de dirigentes e corrução em demasia, "porque se dá pouca educação ao nosso povo". A Finlândia decidiu, desde a década de 50, revolucionar sua sociedade, dando, acima de tudo, muita e boa educação ao povo. Enfrentou obstáculos, hoje, desfruta felizes benefícios, sonhados resultados.
O governador Ricardo Coutinho, ao construir ótimas escolas de ambiência prazerosa, iguais a algumas luxuosas particulares, caracterizando-as pelas paredes coloridas de Piet Mondrian, pensou nos professores e criou o Programa Gira Mundo, coordenado pelo Secretário Aléssio Trindade, que vem levando quase uma centena de docentes da rede estadual para aprenderem, in loco, durante dois meses, a educação de excelência da Finlândia, onde se tem o magistério como carreira de prestígio, mais procurada do que a de medicina; onde o professor de ensino fundamental, obrigado a permanente capacitação, ganha metade do salário de um deputado federal, o que favorece outras formações profissionais. Lá, a escola gratuita para todos, sem disputa de vagas, é ricamente equipada por recursos tecnológicos e laboratoriais, destinada, sem distinção, a todas as categorias sociais: Ensina-se e pratica-se educação igualitária, cujo conteúdo curricular prioriza o raciocínio lógico e criativo, a solidariedade e o empreendedorismo, além de outros saberes.
Pátria do trabalho e do justo salário para todos, a Finlândia, efetivamente, transformou-se num modelo de educação pública, num país industrializado, desenvolvido e rico em oportunidades, reconhecido como o terceiro menos corrupto do mundo. Ao considerar a educação uma política social, ela demonstra ao mundo, especialmente , aos docentes discentes do Gira Mundo, que tal transformação pela educação não é milagre, mas sobretudo vontade política de uma honesta convicção.